MQ-4C Triton: drone que vai reforçar a Marinha dos EUA chega a 575 km/h

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A rede de vigilância da Marinha dos Estados Unidos vai ganhar o reforço de mais dois drones MQ-4C Triton fabricados pela Northrop Grumman. As aeronaves custarão um total de US$ 267,2 milhões, o equivalente a R$ 1,5 bilhão pela cotação do dia, conforme revelou o Army Recognition Group na segunda-feira (17).

Com previsão de entrega até 2028, as aeronaves não tripuladas ajudarão a aprimorar as capacidades de vigilância e reconhecimento do órgão, atuando em áreas estratégicas para o país. A aquisição se enquadra na sétima série de produção do programa Triton.

O primeiro contrato de desenvolvimento de equipamentos entre o Departamento de Defesa dos EUA (DOD) e a fabricante foi assinado em 2008. Desde então, o projeto teve várias etapas, realizando o primeiro voo cinco anos depois, seguido por testes na Base Aérea de Edwards (Califórnia) e na Estação Aérea Naval de Patuxent River (Maryland).

Enfrentando alguns atrasos causados por problemas técnicos, a capacidade operacional do drone MQ-4C Triton teve início em agosto de 2023. A aeronave não tripulada vem sendo utilizada em missões de vigilância na região do Indo-Pacífico, principalmente.

O que o drone MQ-4C Triton faz?

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O drone de vigilância se mostrou capaz de adaptar a diferentes ambientes. (Imagem: Northrop Grumman/Divulgação)

Classificado como uma aeronave marítima autônoma de alta altitude e longa resistência (HALE), o MQ-4C Triton é montado sob a plataforma RQ-4 Global Hawk. Ele conta com o motor turbojato Rolls-Royce AE 3007 capaz de alcançar 575 km/h de velocidade máxima, voando a até 17 km de altitude.

Projetado para cobrir áreas marítimas extensas, o drone de vigilância pode operar por mais de 30 horas, utilizando o radar de varredura eletrônica ativa AN/ZPY-3 com cobertura de 360 graus. Isso permite à aeronave varrer até 5.200 km² a cada ciclo, monitorando cerca de 7 milhões de km² por dia, atuando também em missões de busca e salvamento.

O primeiro modelo da série entregue à Marinha americana, em 2022, chegou com algumas otimizações, incluindo sensor eletro-óptico / infravermelho de campo amplo. As adições permitiram melhorar as capacidades de vigilância, identificação de ameaças e a integração com outras plataformas aéreas e navais.

Ele atua junto com aeronaves de patrulha marítima tripuladas, como o Boeing P-8A Poseidon, oferecendo monitoramento contínuo e com maior precisão de áreas de grande relevância. No ano passado, o MQ-4C Triton também se mostrou eficiente em condições árticas, confirmando sua adaptabilidade a diferentes ambientes.

Austrália também usa o drone avançado

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O MQ-4C pode voar a 17 km de altitude. (Imagem: Northrop Grumman/Divulgação)

Outro país que tem parceria com a Northrop Grumman para utilização do drone MQ-4C Triton é a Austrália. No ano passado, a Real Força Aérea Australiana (RAAF) recebeu a primeira aeronave não tripulada da série, para reforçar a vigilância na região Indo-Pacífico em parceria com os EUA.

No acordo, é prevista a entrega de pelo menos mais três unidades do modelo à RAAF, o que ainda não tem data para acontecer. Elas deverão ser operadas a partir das bases de Edimburgo, no sul do país, e de Tindal, localizada ao norte do território australiano, otimizando as missões de patrulha marítima e inteligência de sinais, entre outras tarefas.

Voltando aos EUA, a Marinha americana pretende aumentar ainda mais a sua frota de drones de vigilância, planejando adquirir 68 unidades do MQ-4C Triton nos próximos anos. A ideia é utilizá-los em cinco grandes órbitas de vigilância contínua globais, operando em bases domésticas e estrangeiras.

Curte notícias sobre tecnologia militar? Neste outro texto produzido pelo TecMundo, você descobre quais países têm drones de combate, que são aeronaves de diferentes tamanhos e adaptadas para participar de missões de ataque com grande eficiência.

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