A Rússia foi alvo do maior ataque com drones desde o início dos conflitos com a Ucrânia em 2022, nesta terça-feira (11), envolvendo mais de 300 aeronaves não tripuladas lançadas por Kiev. Pelo menos três pessoas foram mortas durante a ofensiva e 18 ficaram feridas, de acordo com as autoridades locais.
Raramente atacada, a região de Moscou foi alvo de 91 drones, todos abatidos pelos sistemas de defesa aérea russos. No total, o Ministério da Defesa do país alega ter interceptado 343 aeronaves, incluindo, também, uma grande quantidade nas proximidades da usina nuclear de Kursk.

Na área perto da capital, a queda dos destroços dos dispositivos abatidos causou estragos, atingindo prédios e fazendo com que alguns moradores fossem evacuados. Eles também geraram incêndio em um estacionamento, destruindo cerca de 20 carros, conforme as informações divulgadas via Telegram.
Os ataques com drones a Moscou levaram ao fechamento de aeroportos que atendem à região, por questões de segurança, com diversos voos sendo redirecionados para outras cidades. A rede de trens distritais que circula pela capital da Rússia também teve o funcionamento suspenso temporariamente, de acordo com a BBC.
Ucrânia alega resposta a ataque recente

O ataque massivo de drones contra a Rússia durante a última madrugada teria sido uma resposta à ofensiva lançada contra Kiev e outras cidades ucranianas na noite anterior, como relata a CNN. Na ocasião, a Força Aérea da Ucrânia informou ter destruído 79 aeronaves não tripuladas lançadas pelas tropas de Vladimir Putin.
Um míssil balístico Iskander-M também foi abatido, enquanto outros 35 drones acabaram não conseguindo chegar aos seus alvos devido às contramedidas de guerra eletrônica ucranianas. O ataque envolveu outras 12 aeronaves, mas não há notícias sobre o que aconteceu com elas.
Segundo a reportagem, o ataque com drones russos mais recente resultou em pelo menos uma morte e 18 pessoas feridas, mencionando dados divulgados por autoridades da Ucrânia. Vale lembrar que os dois países têm usado esse tipo de estratégia ao longo dos últimos meses, o que sempre leva a respostas do outro lado.
Reunião na Arábia Saudita pode por fim à guerra?

Classificado por Putin como uma ação “terrorista” que deve ter uma resposta em breve, o maior ataque de drones da Ucrânia contra a Rússia aconteceu pouco antes do início de uma reunião que pode levar ao fim da guerra, conforme especulações. O encontro, marcado para hoje (11) em Jeddah, na Arábia Saudita, reúne altos funcionários ucranianos e americanos.
Do lado ucraniano, estão presentes os ministros da Defesa e das Relações Exteriores e o conselheiro de Segurança Nacional, enquanto pelos EUA participam o secretário de Estado, Marco Rubio, e o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz. Trata-se do primeiro encontro entre os dois países após a polêmica reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump na Casa Branca.
Conforme a Associated Press, os porta-vozes ucranianos irão propor um cessar-fogo na região do Mar Negro, bem como a suspensão de ataques de mísseis de longo alcance e a libertação de prisioneiros. O país também estaria disposto a assinar um acordo com os EUA para liberar o acesso aos minerais terras raras.
Já os representantes americanos devem apenas ouvir as propostas e atuar como intermediadores da negociação. Enquanto isso, a Rússia não teria oferecido nenhuma concessão, mantendo as mesmas condições anteriores para encerrar o conflito, incluindo o reconhecimento das regiões ucranianas invadidas como pertencentes ao Kremlin.
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