A famosa frase “nunca julgue um livro pela capa” também serve para o mundo dos games. Entretanto, em muitos casos ela tem um efeito reverso, ou seja, a arte que ilustra a embalagem do jogo pode ser mais interessante do que o próprio conteúdo.
O motivo são vários, desde desenhos muito mais bem caprichados do que os gráficos do game, como até mesmo uma bela ilustração que não bate com a qualidade do jogo apresentado. E são tantos os casos que hoje o Voxel traz uma lista com os títulos cuja capa merece mais elogios do que o game. Confira!
1. Assassin’s Creed 3
O terceiro capítulo da série da Ubisoft deu muito o que falar. O game foi muito criticado por uma série de elementos, desde polêmicas envolvendo o seu enredo, até um prólogo exagerado que leva horas para ser concluído. Entretanto, se há algo que escapou de todas essas críticas foi justamente a sua capa.

Ela mostra o protagonista do jogo em meio a uma batalha na famosa Revolução Americana, trazendo uma série de detalhes e referências, como a bandeira que era usada para representar a região na época, e o famoso machado de Connor. Vale ressaltar também que a edição de colecionador do game, que trazia uma réplica fiel e colorida do personagem, também é tida para muitos como uma das mais belas já produzidas para um jogo.
2. Colosseum: Road to Freedom
Colosseum: Road to Freedom era um jogo que, assim como muitos outros da época, tenta surfar no hype do filme Gladiador. Para isso, ele trazia uma capa que mostrava um lutador da Era Romana dentro de uma arena, em uma arte muito bem definida, o que para muita gente parecia até mesmo uma cena do longa de Ridley Scott. Além disso, muitas das versões piratas do game que eram vendidas no Brasil, ainda tinham a cara de pau de estampar o logotipo do filme ao invés do nome original.

Mas quando o jogo começava a rodar no PlayStation 2, toda a magia desaparecia. Isso porque o jogo contava com uma série de problemas, desde bugs no seu sistema de combates, até problemas visuais, como personagens atravessando o cenário, ou até mesmo ficando presos. A única coisa que salvava era o seu sistema de áudio que reproduzia com fidelidade os gritos dentro das arenas, entretanto, era preciso evoluir muito no game até finalmente lutar dentro delas.
3. Catherine
Catherine é aquele típico game que se encaixa no famoso "ame ou odeie". Por conta disso, há uma boa parcela de jogadores que acham o jogo um tanto ruim, seja pela sua proposta ousada de gameplay, como pelo apelo “sexual” mesmo que ele não tenha nada tão explícito. Por isso, o título fica limitado a ser uma obra de arte para um determinado nicho, que por sua vez não é tão amplo como em outros jogos com essa pegada.

Entretanto, não há o que discutir em relação à capa do jogo. Ela é uma arte um tanto diferenciada, que mostra a personagem central do jogo, junto ao protagonista atrapalhado. Vale lembrar que o título ganhou algumas diferentes versões quando foi lançado originalmente, como na edição Full Body, que é uma remasterização para a geração passada. Destaque para edição especial que traz uma case de metal com uma arte ainda mais detalhada e bonita.
4. The Super Shinobi 2 (Shinobi 3)
Shinobi foi uma das franquias da SEGA de maior sucesso nos anos 80 e 90, principalmente nos antigos fliperamas. Entretanto, assim como acontece em 90% das sagas, ela acabou sendo explorada mais que o devido, ou seja, ganhou diversos jogos em um curto período, com a corda estourando em Shinobi 3, que foi lançado no Japão como The Super Shinobi 2.

O game foi considerado não apenas o pior da franquia, como também o responsável por jogar a última pá de cal em cima da série, que chegou a ganhar um novo jogo para consoles seguintes, mas sem chegar perto do mesmo sucesso. E a única coisa que se salvou do game foi justamente a capa da versão japonesa, que trazia uma linda arte desenhada a mão, e que para muitos é uma das mais belas já criadas até hoje.
5. Alone in the Dark (2001)
Um dos maiores clássicos do terror, Alone in the Dark ganhou o primeiro (de muitos) remake em 2001. Ele trouxe uma versão modernizada para a história clássica, com direito a um Edward Carnby mais descolado, de cabelos longos, e elementos mais atuais. Entretanto, o jogo não agradou o público, que já se dividia entre Resident Evil e Silent Hill, ambos os games curiosamente inspirados no título original da franquia.

Já em relação à capa do jogo, ela pode soar como simples para muita gente. Entretanto, na época, quando foi revelada em revistas especializadas, agradou muito os jogadores. Isso porque ela é uma espécie de “atualização” da icônica capa do game original, já mostrando que o remake teria traços mais atuais, e uma cara mais moderna ao jogo. Pena que a alegria não passou da capa.
6. Resistance: Fall of Man
Resistance: Fall of Man chegou ao PlayStation 3 como uma espécie de resposta ao então recente Gears of War, que seria lançado para o Xbox 360. O jogo também apostava em uma invasão alienígena, cujas criaturas inimigas chegam ao nosso planeta fortemente armadas. A grande diferença era que, no jogo da Sony, a visão era em primeira pessoa, e a história mais genérica que a do rival.

No fim das contas, Resistance agradou muito pouco, e hoje não é sequer lembrado em listas de franquias que os fãs gostariam que retornasse. Entretanto, o primeiro jogo trouxe uma das capas mais icônicas daquela geração. Ela trazia um crânio de uma criatura invasora no centro da imagem, com um cenário devastado ao fundo. Uma cara de Exterminador do Futuro que deixava tudo ainda mais impactante.
7. Tokyo Jungle
Não se incomode caso você nunca tenha ouvido falar em Tokyo Jungle. Ele foi lançado para PlayStation 3, e tinha uma proposta de colocar jogadores no controle de animais, em meio a um Japão devastado e sem humanos. Para isso, era preciso desbloquear diferentes bichinhos fofos, até temíveis feras da natureza em um beat "em up raiz.

O problema é que nada neste game agradava. Desde uma jogabilidade péssima, que fazia com que os animais andassem de uma forma muito travada, até os gráficos com cara de geração anterior. A única coisa que realmente se salva dessa tragédia em forma de jogo é a sua capa, que mostra os animais em meio a um beco na cidade japonesa devastada. Uma mistura de tragédia com “iti malia”.
E na sua opinião, qual foi a capa mais bela já criada para um game? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel!