Galaxy Note 7 e mais: confira eletrônicos proibidos que você não pode levar no avião

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Na hora de arrumar a bagagem para o aeroporto, você não precisa só se preocupar em não se esquecer de algum item importante ou fazer tudo caber nas malas. No caso de aparelhos eletrônicos e outras tecnologias, é preciso se atentar a uma série de recomendações e regras existentes para embarcar em um avião.

No caso desse tipo de item em território brasileiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) possui uma série de regras sobre o que pode ou não ser transportado pelo passageiro — seja na bagagem de mão até a despachada. As normas orientam o que as companhias aéreas que atuam no país devem fazer, mas as empresas também podem ter regras específicas mais rígidas sobre alguns itens.

A seguir, confira quais são os itens proibidos nos dois tipos de bagagem em uma viagem de avião. Em caso de dúvidas, consulte o site da própria Anac ou então os guias das empresas de aviação para não ser surpreendido negativamente com algum banimento no momento do embarque.

Eletrônicos proibidos em bagagem despachada

A seleção de itens proibidos na bagagem despachada é mais rigorosa do que na mala de mão em alguns aspectos, incluindo também uma capacidade mais limitada para baterias. Em especial, isso acontece por se tratarem de produtos que ficam armazenados no bagageiro sem o contato visual de outras pessoas — ou seja, eles oferecem mais riscos de que um incidente demore a ser detectado, como no caso de incêndios, por exemplo. Veja abaixo a lista:

  • Armas de choque elétrico, como tasers;
  • Cigarros eletrônicos, vapes e derivados;
  • Powerbanks e baterias externas no geral com 100 Wh ou 2g de lítio;
  • Baterias de íon-lítio ou polímero com mais de 8g de lítio;
  • Samsung Galaxy Note 7;
  • MacBook Pro 15" fabricado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2017;
  • Hoverboards, segways e derivados com bateria de 160 Wh ou mais ou mais de 8g de lítio;

Eletrônicos ou acessórios proibidos em malas de mão

No caso de malas de mão, a lista de itens proibidos inclui várias das restrições também existentes para a bagagem despachada, com algumas exceções. Ainda assim, determinados produtos e acessórios não podem embarcar na cabine com o passageiro. Confira a seguir quais são eles:

  • Armas de choque elétrico, como tasers;
  • Powerbanks e baterias de mais de 160 Wh;
  • Baterias de íon-lítio ou polímero com mais de 8g de lítio;
  • Samsung Galaxy Note 7;
  • MacBook Pro 15" fabricado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2017;
  • Mais de 20 unidades de bateria de lítio;
  • Hoverboards, segways e derivados com bateria de 160 Wh ou mais ou mais de 8g de lítio;

O problema de baterias em aviões

As maiores preocupações em voos com relação a dispositivos eletrônicos está na presença de baterias, em especial das de íon-lítio e de líquido corrosivo (estas sendo totalmente proibidas em voos já há bastante tempo). Isso acontece por causa de riscos envolvendo um possível estufamento, curto-circuito, vazamento de material corrosivo ou foco de incêndio na fonte de energia.

Esse tipo de acidente pode gerar problemas não só para os passageiros e outros eletrônicos próximos, mas também até comprometer o funcionamento da aeronave.

Uma bateria externa ou powerbank na cor cinza, com visor na cor preta e nível de carga em 100%. Ele está em um fundo branco, com dois cabos saindo das laterais.
Powerbanks só são permitidos dependendo da capacidade do acessório. (Imagem: Divulgação/Anker)

Baterias com índice de watt-hora superior a 160 Wh são totalmente proibidas para transporte em aviões. Na maioria das companhias aéreas em atuação no Brasil, o máximo permitido é de 100 Wh no caso de baterias sobressalentes (extras ou separadas do aparelho original).

Caso estejam dentro do limite permitido, as baterias devem ser transportadas na bagagem de mão e devidamente protegidas. Isso significa que elas devem de preferência ser retiradas do aparelho, armazenadas na embalagem original ou em saco plástico individual.

Por que o Galaxy Note 7 é proibido?

À primeira vista, pode parecer estranho notar dois dispositivos específicos listados como proibidos em aeroportos brasileiros. Entretanto, há explicações simples e convincentes para o motivo da proibição desses aparelhos, mesmo que eles já estejam há anos fora de linha.

O caso do Galaxy Note 7 foi bastante difundido em 2016, ano de lançamento do aparelho. Tido inicialmente como um destaque da Samsung, o smartphone de tela grande ficou marcado por um grave problema técnico que fazia os aparelhos pegaram fogo de forma inesperada. Foram registrados vários casos parecidos, incluindo dispositivos que "explodiram" mesmo sem qualquer problema aparente.

Um Samsung Galaxy Note 7 na vertical em um fundo branco, com a tela virada para cima e uma caneta S-Pen encostando no display.
O infame Galaxy Note 7. (Imagem: Divulgação/Samsung)

Poucos meses após o início das vendas, o aparelho foi proibido em aeroportos e a própria Samsung recomendou que os consumidores desligassem e não voltassem a usar o celular até que o recall fosse realizado. A explicação oficial da marca é de que foi detectado um problema com a célula da bateria, causado por um erro no processo de fabricação que gerava um aquecimento fora do comum no componente. Além disso, haviam casos de contato entre dois elementos da peça que não deveriam encostar um no outro e podiam gerar as explosões.

A companhia pediu desculpas pelo ocorrido e chegou até a relançar o Galaxy Note 7 em uma versão "revisada", mas depois praticamente não voltou a tocar no assunto. A família de dispositivo continuou viva e só foi descontinuada quatro anos depois, depois do Galaxy Note 20.

Três anos depois, em 2019, a Anac voltou a proibir um aparelho em voos. É o MacBook Pro de 15 polegadas, especificamente no lote fabricado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2017. Estes dispositivos também receberam um recall por um problema similar na bateria. O embarque só é autorizado se o usuário comprovar que fez a troca ou que o dispositivo não está no lote afetado.

Qual a diferença da bagagem despachada para a bagagem de mão?

A bagagem despachada é aquela que é deixada pelo passageiro no guichê da companhia aérea antes do embarque, retirada somente em uma esteira rolante no aeroporto de destino da viagem. A capacidade desse tipo de mala que vai no porão do avião é bem maior e o peso máximo varia por companhia e tipo de viagem, mas a maioria das empresas de voos domésticos limitam ela a 23 kg.

a bagagem de mão é uma mala pequena ou mochila que é levada pelo passageiro e posicionada dentro da cabine do avião, seja nos bagageiros superiores ou no chão, abaixo da poltrona da frente. Elas devem ter no máximo 10 kg, respeitar o limite de dimensões de cada empresa de aviação e podem ser acompanhadas de uma bolsa menor.

Além disso, é importante que o passageiro saiba das diferentes regras em voos nacionais e vindos de outro país. Trazer cigarros eletrônicos ou vapes do estrangeiro para o Brasil, por exemplo, é irregular — mas transportá-lo na bagagem e mão em voos domésticos não é. Neste caso, também é importante consultar os sites das companhias aéreas para entender quais as restrições.

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