Lojas online devem acabar com reembolso sem devolução na China; entenda
Acionada em casos de produtos avariados ou quebrados, a prática é considerada prejudicial pelos vendedores

Fonte: Getty Images
As plataformas de comércio eletrônico sediadas na China devem acabar com o reembolso sem a devolução de produtos em breve, conforme revelou a Reuters na última quarta-feira (23). A mudança permitiria aliviar a pressão financeira sobre os vendedores em meio à desaceleração econômica.
O pedido para o fim da prática foi feito por autoridades chinesas em encontro com as gigantes do e-commerce, segundo comentaram as fontes ouvidas pela agência de notícias. Dona da Temu, que atende clientes globalmente, e da Pinduoduo, um dos maiores marketplaces do país, a PDD Holdings foi uma das empresas envolvidas.
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No ano passado, a companhia chegou a ser alvo de um grande protesto de comerciantes, que reuniu centenas de pessoas em frente ao escritório da plataforma em uma cidade no Sul do território chinês. Os manifestantes criticavam a política de reembolso da marca.
Esse movimento fez com que o Ministério do Comércio da China e o órgão regulador do mercado ordenassem à PDD a revisão de suas políticas. Já este ano, o mecanismo de reembolso sem a exigência de devolver o produto se tornou alvo de críticas de mais autoridades, que passaram a sugerir a sua suspensão.
Como funciona o reembolso sem devolução?
Também chamado de reembolso sem retorno, o método permite que o consumidor obtenha o estorno do valor pago por um produto sem a necessidade de devolução da mercadoria para o vendedor. Isso geralmente acontece em situações específicas, como quando o item está avariado ou quebrado.
A prática leva à redução dos custos de transporte e agiliza o processo de reembolso para o comprador. Já o vendedor é ressarcido pela plataforma de comércio eletrônico, mas pode haver desconto dos custos logísticos e comissões, em alguns casos, o que gera a abertura de processo para questionar a decisão.
O mecanismo começou a ganhar relevância no final da década passada e está disponível em marketplaces como Shopee, Shein e Temu, entre outros. Quanto ao fim do reembolso sem devolução na China, a previsão é que o método seja encerrado até julho, como explicaram as fontes.
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Depois disso, apenas os próprios vendedores poderiam iniciar o procedimento de reembolso, sem a interferência das plataformas, como acontece atualmente. As gigantes chinesas do e-commerce ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
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Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.